Avós, pais da história familiar

Avós, pais da história familiar
Bisavós de Dado Moura

Bisavós de Dado Moura

Hoje tenho o prazer de trazer aqui para o blog um texto muito bonito, escrito por Dado Moura, falando dos relacionamentos entre filhos, pais e avós. É um texto bastante atual, que toca, por exemplo, nas problemáticas da educação nos dias de hoje. Quem é que fica com as crianças quando os pais trabalham fora? Se os avós cuidam quem é que educa de verdade? A palavra do pai e da mãe vale mais do que a do avô e avó?

Obrigada, Dado, pelo belíssimo texto e por autorizar a divulgação com os leitores de MyHeritage! Boa leitura a todos!

“Através dos causos de família; narrados ao ritmo da (o) vovó (ô), passamos a conhecer a história dos nossos pais quando crianças.

Da mesma maneira que a presença dos pais é importante na vida dos filhos, a participação dos avôs na vida dos netos não poderia ser diferente. Embora a minha infância tenha ficado para trás há muito tempo, as lembranças das coisas que meus avôs me fizeram são tão vivas na minha memória, como se tivessem acontecido ontem.

Muitas pessoas alcançaram larga expectativa de vida e com isso conseguiram conhecer os filhos da sua segunda ou até de sua terceira geração. Com tanta experiência de vida, os avôs acabam vivendo algumas dificuldades de convivência, não com a nova geração, mas com os pais de seus netos. Os conflitos entre os adultos podem ser estressantes quando os avôs, na intenção de estar fazendo o melhor para os netos, interferem na educação aplicada pelos pais aos seus filhos. Mesmo que os compromissos dos pais sejam grandes, não cabe aos avôs assumir a responsabilidade outorgada aos pais.

De outra forma, dependendo da intensidade gerada no relacionamento entre neto e avós, facilmente, a criança terá maior facilidade em obedecer aquele com quem passa maior parte do dia. Quase sempre essa influência acontece quando os netos vivem cotidianamente sob os cuidados dos avôs seja por motivo de trabalho dos pais ou qualquer outra coisa. A maneira e os hábitos vividos na casa dos avôs facilmente serão percebidos no comportamento do neto, seja na maneira de falar, de se comportar até mesmo em hábitos simples como atender ao telefone.

Na casa dos avôs, comer doces antes do almoço, deitar sem escovar os dentes ou fazer xixi na cama parece não ser o maior pecado do mundo… Isso não significa que os pais devam proibir suas crianças de visitar a casa dos avôs, mas apenas buscar o equilíbrio dessas visitas e ajudar seus filhos a perceberem que em casa há um ritmo próprio.

Sabemos o quanto foi importante para nós passar alguns dias de férias na casa dos pais de nossos pais. Podemos lembrar que através de atividade simples, como conhecer os locais onde nossos pais foram criados, a escola em que  eles estudaram, ver as fotografias da época, nos ajudou a estreitar os laços com a geração anterior.
Através dos causos de família; narrados ao ritmo da (o) vovó (ô), passamos a conhecer a história dos nossos pais quando crianças.

Entre os muitos outros momentos de convivência na casa dos avôs, nossas crianças não esquecerão também das brincadeiras, dos passeios das piadas entre outras coisas que fizeram parte das boas coisas vividas no tempo de infância; assim, como eu não posso esquecer de outras épocas quando, com outros primos, brincávamos na oficina e com as “preciosas” ferramentas do meu avô “tonho”.

Um abraço  aos avôs e também aos bisas.

Dado Moura”

Adoraríamos saber como são resolvidos estes pequenos conflitos do dia-a-dia, na casa de vocês! Se vocês já são avós, ou bisavós: vocês ajudam na educação dos netos?

Comentários

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  • alipio

    12 de agosto de 2014

    -, A la Putcha! Meus Patrícios; é por isso que essas coisas: Renascem em nossa fala.

  • Teresinha Bunn Besen

    20 de agosto de 2014

    Excelente texto! Parabéns ao autor e obrigada por compartilhar.

  • Bemvinda Teresinha Cidade

    20 de agosto de 2014

    sou tia-avó e vi nesse texto realmente o que acontece. obrigada pelo compartilhamento.

  • rubenisia

    20 de agosto de 2014

    Sou avó e não sou tão boa assim do tipo na casa da vovó pode tudo. acho até que sou mais carrasca do que a mãe mas amo os meus netos e adoro coloca-los pra dormir, ver filme infantil com eles, ouvir as historias do dia a dia, de como foi a aula etc… é muito bom lembrar das ferias quando criança na casa doa avós.

  • Giselda

    20 de agosto de 2014

    Sou avó e minha netinha fica na parte da tarde aqui em casa. Procuro sempre seguir as orientações da minha filha para não haver discussões sobre a educação dela. Estamos nos saindo bem. Gostei muito do texto e daqui a alguns anos, pois agora ela tem 1 ano, começarei a mostrar fotos de sua Mãe-menina, escola onde estudou, são ótimas ideia. Obrigada.

  • Laudemir Asmé

    20 de agosto de 2014

    Muito Bom! Parabéns pelo texto.

  • Vany Pires Aguiar

    21 de agosto de 2014

    Dado Moura, obrigada por compartilhar. O seu texto nos faz pensar e refletir.

  • Cleilce Paula de Azevedo

    21 de agosto de 2014

    Tenho a permissão de DEUS de estar convivendo as tres e as vezes as quatros gerações.Família do interior é ,na maioria das vezes.assim :acolhedora.Convivi com avós ,com os quais aprendemos músicas e histórias,casos e casos.Acontecimentos importantes dos partos feitos em casa,das comidas especias( caldos de galinha,pirão,biscoitos creme craker et…) e os mingaus feitos com maizena e leite da vaca ,a confecção dos brinquedos com ajuda dos mais velhos…brincadeiras nas ruas,jogos ,teatrinhos,brincar com o trabalho do adulto…
    Assim no mesmo ambiente conviviam avós,primos.Nas casas tinham lugares para todos por que os corações também eram muito grandes…

  • José Carlos O. Barral

    22 de agosto de 2014

    Eu e a avó viramos (avós-pais) estamos a 4 anos criando nossa neta e a “ausência” da mãe (nora), é de abandono. Estamos entrando c/ a guarda-da-criança. Mas estamos consciente da falta que vai ser o amor materno…aguardo + informações Dado Moura obg:.

  • Maria Felicia

    26 de agosto de 2014

    Ai!!!! que belo texto.
    Sou avó.Amo ser avó.Mas, o texto me levou lá na minha infância e me fez refletir melancolicamente como a configuração da sociedade que meus netos vivem é outra.
    Mas, eu estou aqui com todas essas reservas que recebi dos Pais, e de toda uma historia familiar harmoniosa, tentando passar para eles um ambiente saudável …..brinco de tudo…até de terra e lama .Todos as atividades (extra-classe…judô, dança etc) são importantes na medida em que as crianças tenham um ambiente em casa que favoreçam a formação do seu caráter.

  • Aluizio Brand

    2 de setembro de 2014

    Aluizio Brand.Setembro 4 2014 0047
    sou Avô a 27 tenho cinço netos, e cinco netas.Sempre bem vindos va casa os avôs q ainda moran sos, aproveitando a melhor idadesempre com apoio dos filhos e netos que nos visitan com bastante frequencia,o menos com quatro anos é que mais me faz lembrar do meu tempo de tres e quatro aninhos,muito rapidinho fala ligeirinho sempre en atividades com voz forte,o mesmo jeitinho que eu vez outra Avos me dizian fala mai baixo um pouco,o avô ja de muleta mesmo aim bricava com nos que divertiamos, a Vo´ficou mais 16 com nos depoi do vo ter partido vovó ja sabia ler escrever em Alemão e portugu~es, me ajudava afaser deveres pagava na minha mãozinha pra treimar a escrever anos depois comversava com nos sobre a juvntode dos pais e dos avos dela, anos depois de eu tb ja vovô comecei fazer pesquisas dos antepassados,localisei os batismos dos tds avos e casamento relg. dos Avôs paternos, historias q hoje repasso para os netos

  • Aluizio Brand

    26 de setembro de 2014

    Naci na casa dos avôs,a ovó foi a parteira quando naci, papai em busca da parteira que nada mais era que outra pessoa sem habilitação sem higiene a 1ª estava enbriagada não teve como vir pois era a pé, passo por casa buscar a 2ª,ate que chegou a parteira eu ja nas Mãos da Vovó feliz da vida,o vovô foi a obito dia q completei 4 anos e 4 meses, tenho dele Boas recordaçoes das brincadeiras que participava com nos crianças eu era o 3° da turminha o mais chereto,a vovó partiu eu ja com 19 aninhos,a vovó ja acamada com ulseras nos pés eu joven fiz muitas vese o curativo matinal, era bom estar perto da Vovó sempre bem humorada comverçava o tempo todo, eu a especulava do passado ele me contava da vida dela contou do meu nascimento com muita alegria, ja sabia ler escrever em dois idiomas, Alemãe Portugus, me ajudava nos deveres de casa,pegava minha mão p emsinar manipular o lapis e lernunca observei dificuldades de relacionamentos entre a vovó e meus pais,sou avô não tenho netos morando em casa a julia menina moça q eta comorgulho por ter cedo por longo tempo a usuaria do colinho dos avôs, tem dois neto menores moran longe ela a tarde quando volta da aula fica aki com o vô e Vónum lindo Relcionamento esta esperiencia recebi dos vos sem interferir nas ordens dadas pelos Paisos menores moram pouco distante em outras cidades quando vem visitar os avôs são bem relacionadinhos e queridos, Tal vô tal neto nada a desejar a mais destes pimpolhosinhos