BRAVO primo querido Afrânio!
Linda entrevista!
Salvei!!!
Bjus…
Maria do Carmo Nobile Orsi
Entrevista com o genealogista Afrânio Franco de Oliveira Mello
- Por Silvia
Hoje trazemos ao blog uma entrevista bastante interessante que fizemos com o genealogista Afrânio Franco de Oliveira Mello. Ele é genealogista, autor e co-autor de livros, co-fundador de um Instituto de Genealogia na cidade de Itapetininga, secretário de honras do Portal Ex-Combatente e realiza um trabalho fantástico juntamente com um jornal de sua região. Para mais detalhes é só ler a entrevista abaixo!
Boa leitura!
MH -Sr. Afrânio, o senhor publica frequentemente uma coluna sobre genealogia no jornal eletrônico ROL. Poderia falar um pouco mais sobre o seu trabalho com o site, sobre os seus objetivos e futuros projetos?
AM- Nessa coluna eu atendo aos pedidos que chegam do Brasil e do Exterior solicitando informações sobre sobrenomes de famílias e quase sempre eu tenho o que me pedem. Possuo um grande arquivo de sobrenome, de brasões e escudos e quando não tenho, saio a pesquisar nos sites de Genealogia existentes. Espero continuar atendendo no futuro todas essas pessoas e não tenho, no momento, projetos para essa área.
MH – O trabalho no referido jornal parece ser de natureza onomástica. Este é o foco principal da sua pesquisa genealógica? Quais são as peculiaridades deste tipo de pesquisa?
AM- É onomástico pois trato dos nomes próprios de pessoas com a explicação desses nomes. Até a presente data tem sido o foco principal, além das orientações que dou de como iniciar e dar andamento em pesquisas. A peculiaridade da pesquisa é exatamente a característica de cada um dos nomes.É inerente a ele.
MH – O senhor também pesquisa bastante sobre a área de Itapetininga/SP e sobre a história da Revolução. Poderia falar um pouco mais sobre estes trabalhos?
AM- Como membro do Instituto Histórico, Geográfico e Genealógico de Itapetininga tenho que cumprir suas metas que são as pesquisas de fatos históricos relacionados com a nossa cidade, fatos esses referentes a pessoas ou não.
A Genealogia é o meu maior trabalho no IHGGI. Minhas outras atividades na nossa história é relacionada com a Revolução Constitucionalista de 1932, pois aprendi com o meu pai, partícipe da mesma, que não devemos nos esquecer dela e dos seus objetivos. Sou Vice Presidente do 1º Núcleo de Correspondência “Paulistas de Itapetininga! Às Armas!!”. Órgão da Sociedade MMDC de São Paulo, com atividades muito intensas na divulgação e na manutenção dessa Revolução. Temos inaugurado praças com o nome de ex-combatentes, praças com o avião dos paulistas, praças com estátuas de ex- combatentes, Placas em diversas instituições que foram hospitais , quartéis e que cederam combatentes para essas forças revolucionárias, entrega de diplomas às autoridades que mantém essa chama acessa. Sou secretário de honrarias do Portal de Ex-combatentes da Segunda Guerra Mundial , com o mesmo tipo de trabalho e divulgação.
MH- A sua pesquisa é feita individualmente ou existe alguma espécie de ponto de encontro para todos os interessados nos pontos mencionados acima (Itapetininga, pesquisa onomástica)?
AM- O ponto de encontro é o IHGGI em nossas reuniões e palestras. Minhas pesquisas tem um campo maior na Internet onde posso navegar por sites do mundo todo à procura da historiografia de nomes. Recebo arquivos de inúmeros institutos afins do Brasil e de muitos confrades que participam da minha atividade.
MH – Como começou o seu interesse pela genealogia?
AM- O meu interesse começou com as histórias familiares contadas por meus pais. Eles disputavam com as histórias dos seus antepassados, a melhor e a mais antiga chegada ao Brasil, contando histórias, muitas vezes fantasiosas, criando um interesse muito grande da minha parte em saber mais e mais. Com o tempo fui vendo os registros dos dois a respeito da família e dei continuidade aos mesmos.
MH – Conte-nos um pouco sobre a sua própria história familiar.
AM- Tanto do lado do meu pai como da minha mãe, nossas raízes são da Itália e Portugal e um imigrante que veio da Alemanha, mas, anteriormente, tinha imigrado da Itália para a Alemanha e depois para o Brasil. Alguns dos meus antepassados estão ligados à fundação de Itapetininga e de Bofete, ambas no Estado de São Paulo.
MH – Já criou a sua árvore genealógica? Qual é o tamanho da mesma e qual é o antepassado mais distante já encontrado?
AM- Sim , já tenho. Por incrível que pareça não a tenho na forma de ÁRVORE, muito comum nessa pesquisa. Tenho os registros de forma manual que passei para o computador. Levantei 42 sobrenomes na minha ancestralidade. Nunca me preocupei em saber a quantidade de nomes que tenho.Sei que são muitos. A referência mais antiga que tenho de um dos sobrenomes da minha família é do ano de 1312 e que é o URSO que virou D’URSO ,ORSO, URSINI, ORSINI,ORSI entre tantas outras grafias. Minha família mantém o ORSI.
MH – Qual foi o fato mais interessante que conseguiu revelar através da pesquisa familiar?
AM- O fato que sempre me impressionou nas minhas pesquisas familiares é que todos os meus antepassados sempre trabalharam muito e essa é uma característica que tenho. Outro fato é muitos estudaram e se projetaram no mundo, tendo hoje parentes morando no Canadá, na Suíça, na Itália , como que retornando ao ponto de partida.
MH – Que conselhos daria para alguém que está começando agora a pesquisar a história da sua família?
AM – Sempre digo que o início sempre é o pai, a mãe, o avô e a avó. Eles são, sempre, os guardiões das informações que receberam. Se eles têm o nome dos seus bisavós você já começa com uma boa quantidade de nomes para pesquisar. Dessas pesquisas saem os nascimentos, os casamentos, os novos filhos, o tipo de profissão, o que estudaram e assim por diante e você vai formando a sua história com uma riqueza de detalhes muito grandes. É só ir anotando tudo que em pouco tempo o seu material fica muito grande.
Foi a partir dessas informações que hoje estou escrevendo sobre os meus quatro ramos familiares: Orsi e Ramacciotti, da minha avó materna , Corrêa Franco do meu avô materno, Alves de Almeida da minha avó paterna e Oliveira Mello do meu avô paterno e isso vai virar quatro livros e o primeiro está indo para ser editado em dois meses.
MH – E para alguém que já anda pesquisando há algum tempo mas que não sabe como continuar a sua pesquisa?
AM – Você não pode e não deve esmorecer. Muitas vezes ficamos em uma encruzilhada e perdemos o rumo. Pare um pouco, troque ideias com o pessoal da sua família, liste os problemas que está enfrentando e lembre-se que os Cartórios, as Igrejas, os Cemitérios, as Funerárias, os sites de Genealogia, o MY HERITAGE , entre outros são uma importante fonte de informações. Troque figurinhas com todos aqueles que podem ajudar. No final dará certo e a alegria virá a tona.
José Luiz Nogueira
25 de agosto de 2014
Parabéns ao seu Afrânio pelo trabalho e por todo esforço que tem feito para manter sempre atualizada as informações.
Grande companheiro que está sempre pronto para nos atender e a todos que a ele pedem informações.
Digno de nota especial.
Abraços