P@R@ TATIANA: O tio de seu pai é irmão de seu avô, portanto o tio de seu pai é seu Tio Avô. Sua tia é Tia Avó por matrimônio.
– Sou primo de 3º grau.
Esta frase é a resposta que quase sempre damos quando nos perguntam o parentesco que temos com alguns parentes de nossa árvore.
3º grau é queimadura, é nome de cursinho, e pode ser um monte de coisa. Dito assim, diz pouco sobre o parentesco, pois é bem mais complexo as denominações dos graus de parentesco. Por esta razão, vamos tocar neste assunto aqui.
Primeiro é preciso saber qual é objetivo de sua árvore, pois existem diversas aplicações para árvores genealógicas.
A definição de Árvore Genealógica, é que seja a representação gráfica de uma linhagem de pessoas unidas por sangue ou afinidade e que o registro do histórico familiar nos permite ver raízes, procedências, origens geográficas, perfil e personalidade de uma família, é possível com esta árvore fazer o estudo da história de uma região pelo histórico pessoal das pessoas envolvidas na árvore.
As aplicações podem variar muito dependendo do seu uso e do objetivo pelo qual esteja se montando a árvore genealógica de uma família.
Existem aplicações genealógicas que estudam a história da família, conhecida simplesmente por Árvore de Pedigree, ou Genealógica, existem as aplicações legais que se estuda a distribuição de herança, conhecida pelo nome de Árvore de Herança e para isto é necessário que se conheça os beneficiários legítimos que receberão uma herança e qual será a participação de cada um no montante da herança, e também temos a Árvore Genética que estuda o histórico médico de uma família, ajudando no diagnóstico de doenças hereditárias. Algumas outras são possíveis, mas esta são as principais aplicações de uma Árvore Genealógica.
Existem outras aplicações no nosso cotidiano que usam a metodologia de uma árvore genealógica sem serem árvores genealógicas.
Uma destas “árvores” é a de Hierarquia, que é usada para determinar quem ocupará um cargo na ausência do titular de um cargo, é também chamada assim, pois obedece, como a árvore genealógica uma ordem de inserção de perfis. Por exemplo: Se o Presidente ou Primeiro Ministro não puder ocupar o cargo e o seu vice também não, quem ocupará? Esta árvore é diferente da Árvore de Nobreza que é Genealógica pois os membros da árvore de Hierarquia não tem laços de parentesco entre si, já na de Nobreza o laço de parentesco é obrigatório
Em todas elas, existem denominações de grau de parentesco que mudam a cada novo indivíduo acrescido a sua pesquisa e estas denominações colocam cada um no seu local correto e identificado pela sua distância do objeto de pesquisa, no caso o PROBANDUS, (primeiro a ser estudado), que sempre será o centro e início dos estudos. Na sua árvore você sempre será o Probandus.
Assim, podemos afirmar que você será todos os tipos de parente para outra pessoa, assim como esta pessoa é para você. E se você tem um TIO(A) – AVÔ ou AVÓ, você também será TIO(A) – AVÔ ou AVÓ para alguém. Só não ocorre nos caso de filhos únicos e pessoas sem descendentes (filhos) o que corta os graus de parentesco.
Explicando melhor, se usarmos o exemplo acima, você tem um Tio(a)- Avô(ó) que é o irmão(ã) do seu avô ou avó, e você será Tio(a) – avô(ó) do neto de seu irmão ou irmã. Mas estas denominações começam a complicar quando a distância entre você e os parentes aumenta, para isto, veja as tabelas com todos os graus de parentesco por 12 gerações para que você saiba o que seja um “primo décimo segundo grau em oitava linha colateral”.
A diferença entre as duas começa na linha direta de ascendência e descendência quando a tabela dos Santos dos Últimos Dias (SUD) dá aos bisavós e aos bisnetos a numeração ordinal , sexto, sétimo, oitavo, etc.
Na linha colateral a tabela dos Santos dos Últimos Dias (SUD) apresenta o Primo Retirado que vamos falar adiante.
Já quando se entra nos ramos, (Parentes por Afinidade ou Aparentados), os nomes fogem a sequência, sendo apresentadas denominações próprias como sogro e genro ou nora, ou concunhada e concunhado.
O caso mais interessante e não muito raro é o casamento de duas irmãs com dois irmãos o que vai gerar uma duplicidade de nomenclatura pois o filho de um dos casais será sobrinho-sobrinho do outro ou simplesmente sobrinho 2 vezes, uma vez pelo irmão do pai (tio) e outra vez pela irmã da mãe (tia), e os envolvidos serão “irmão cunhado” e “irmã cunhada”. A sogra da irmã é também mãe e assim por diante deve-se ir montando as combinações duplas.
Mas, e se o probandus muda de lugar? Como assim? Esta pergunta pode ser respondida se outro parente dá ínicio a uma árvore e então você será o que para ele?
Na legenda das tabelas, você poderá verificar que existem duas denominações uma abaixo da outra e serão as duas posições possíveis de se ocupar por uma pessoa em função da troca do Probandus.
Você pode se aprofundar muito mais neste assunto, existem diversos sites com especialistas em genealogia que estão disponíveis na internet, use palavras chaves na sua busca como Probandus, Grau de Parentesco e Denominação de Parentes e aumente o seu conhecimento sobre o assunto. é bem interessante o assunto.
FONTES :
Código Civil 2002 – DAS RELAÇÕES DE PARENTESCO – Arts. 1591 a 1595
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Tatiana
10 de outubro de 2010
O tio do meu pai , é meu tio tambem ? E a mulher do meu tio , é minha tia ?