estou nesta busca e encontrei otimas pistas nas Lápides, atraves disto ja visitei a cidade natal de um familiar na Alemanha, onde também consegui registros…
Registros de óbito: essenciais para a sua pesquisa
- Por Silvia


Esta postagem foi escrita em colaboração com a expert em genealogia Miriam J. Robbins. Miriam vem ministrando cursos e palestras nos Estados Unidos desde 2005. A sua paixão pela história familiar, no entanto, é muito mais antiga, desde a adolescência ela se interessa pelo assunto. Em 1987 ela iniciou a sua pesquisa genealógica e, 10 anos mais tarde, ela conseguiu uma grande vitória: reuniu sua avó à sua família biológica. Miriam é autora de um blog especializado em genealogia (em inglês): AnceStories, the stories of my ancestors, além de trabalhar em outros dois sites bastante interessantes: o Online Historical Directories e Online Historical Newspapers.
O mês de outubro é conhecido por ser o mês da pesquisa familiar e também o mês do Halloween. Ou seja, uma combinação perfeita de registros de óbito e pesquisa genealógica. Registros de falecimento são uns dos melhores registros para iniciarmos uma pesquisa em genealogia devido aos vários formatos encontrados, os tipos de informações neles contidos e os muitos detalhes adicionais que podem ser encontrados, referindo-se à vida e à morte do seu antepassado.
É importante saber pelo menos um pouco sobre o histórico dos registros de óbito, da região do seu antepassado, para entender como os dados eram compilados e registrados, que dados eram incluídos ou omitidos, para saber o motivo pelo qual os registros podem estar faltando ou serem difíceis de encontrar e onde localizar as certidões de óbito atuais. Às vezes, informações simples podem ser importantes. Como saber, por exemplo, que no Brasil e em Portugal nascimentos, casamentos e óbitos geram assentos (ou registros) que são lavrados em livros específicos e arquivados em cartórios do registro civil.
São vários os locais que poderão ser visitados para que você aprenda mais sobre os chamados registros vitais (nascimento, casamento, óbito). O primeiro pode ser a sua biblioteca local, especialmente se ela tiver bons livros de genealogia, incluindo livros de como pesquisar a região do seu antepassado. Procure também as associações genealógicas da sua cidade, ou estado. Elas costumam compilar livros com os sobrenomes encontrados na região, que podem ser muito úteis para a sua própria pesquisa.
Na Europa e nas Américas, o ato de listar registros vitais foi geralmente iniciado especialmente por alguma instituição religiosa (igreja católica, luterana, etc.) – como no caso da Europa e da América do Sul – ou comunidades religiosas mais locais, como no caso dos Estados Unidos. Inicialmente, os atestados de óbitos não eram salvos, mas os registros de sepultamento sim – o que já dava uma estimativa da data de morte, já que geralmente a morte e o sepultamento aconteciam em poucos dias. Mesmo que a pessoa que você esteja procurando não seja católica ou protestante, é aconselhável checar os registros da igreja, na região de residência, para verificar se foi feita alguma anotação em relação à sua morte. Há uma explicação para isso: antigamente, o padre ou o pastor talvez fosse a única pessoa alfabetizada da comunidade e, assim sendo, ele era quase um historiador não oficial. Em outros casos, a igreja funcionava como o local oficial de registro de dados vitais e era necessário registrar eventos como nascimento, óbito e casamento na igreja, mesmo se a pessoa não fosse membro desta instituição.
Com o passar do tempo, no entanto, o registro civil da cidade, comarca ou estado, tomou o lugar da igreja e ficou responsável pelo assentamento dos registros. Porém, o registro dos dados não acontecia sempre da mesma maneira. Alguns registros eram pouco mais do que pequenas anotações da pessoa falecida e da data de morte ou sepultamento. Outros usavam modelos padrão e continham sempre os mesmos detalhes necessários e pertinentes. Mesmo que estes registros tenham sido escritos em uma língua que você não entende, lembre-se que é possível traduzir usando um programa como o google tradutor, já que modelos são mais simples de traduzir com programas automáticos do que cartas, por exemplo. Atestados de óbito eram assentados em livros específicos do registro civil. Com o tempo, uniformizou-se o tipo de detalhes lá inseridos e, assim, um registro de óbito do século XIX costuma conter as seguintes informações:
- Nome do falecido;
- Data (e algumas vezes a hora) do falecimento;
- Local do óbito
- Causa mortis, caso conhecida;
- Idade do falecido, por vezes especificada em ano, meses e dias;
- Estado civil;
- Filiação, caso conhecida;
- Local de nascimento;
- Data em que o registrado foi lavrado no cartório
Obviamente o próprio falecido não pode dar as informações acima listadas, para o registro do seu próprio falecimento. Por que mencionamos isso? Porque é preciso lembrar que a pessoa que comunica o óbito pode não saber exatamente determinadas informações, como o nome dos pais do falecido. Quando a pessoa que comunica o falecimento é um membro da família, a dor da perda também pode levar a erros no registro. Pequenos erros de ortografia, ou datas trocadas podem ocorrer, bem como simples desentendimentos entre o comunicante e o funcionário do cartório.
Registros de óbito são uma excelente fonte para a pesquisa genealógica. E eles também podem e devem ser revisitados, para que novos aspectos sejam levados em consideração, pois muitas vezes não esgotamos todas as possibilidades de informação na primeira vez em que os registros são contemplados. Revisite os seus, pesquise novos registros de óbito e você também verá que este tipo de registro é realmente “vital”.
E você, também já descobriu algo importante através dos registros de óbito?
Nélio J. Schmidt
9 de outubro de 2014
Excelente artigo da Miriam J. Robbins.
Tomo a liberdade de dar mais umas dicas para a listagem do falecido.
Principalmente, em se tratando de imigrantes, informar de qual a localidade de onde veio (cidade, comarca, país).
Outra informação interessante, qual era a profissão do falecido.
Abraços
GenealogiaRS – Pesquisas Teuto-Brasileiras