O Flautista de Hamelin

O Flautista de Hamelin

Conta a lenda que no dia 26 de junho de 1284, a pequena cidade de Hamelin, região montanhosa do Weser, na Alemanha, diante de uma terrível praga de ratos, os moradores contrataram um  flautista que dizia poder levar todos o ratos para fora da cidade por uma quantia para cada rato, ele cumpriu a promessa tocando a sua flauta e encantando os ratos e os conduzindo para fora da cidade, mas os moradores não pagaram o combinado. Insatisfeito e furioso com o calote, o flautista retornou a cidade e usando novamente a sua flauta mágica encantou todas as crianças e as levou para uma caverna onde as trancou. Um conto folclórico muito conhecido que é concluído com uma mensagem de causar medo. O caloteiro não terá nem os ratos e nem as crianças.

Anos depois, os irmãos Grimm, imortalizaram esta história e hoje a cidade de Hamelin vive do turismo que veio com a lenda. Turistas do mundo inteiro, caminham pelas ruas em busca de pedras nas calçadas e nas paredes com a figura de pequenos ratos que se seguidas, levam aos ponto turísticos, restaurantes, hotéis e museus.

Apenas uma simples história mas que é um sucesso a 728 anos.

Porque falar de Hamelin e do Flautista Encantado? Aniversário do fato?

Não, hoje, ao ler sobre o aniversário e da festa que esta ocorrendo na cidade e do festival que todos os anos acontece por lá, comecei a pensar na simplicidade da história. Provavelmente, quem a idealizou, tinha por objetivo causar medo ou diversão para as crianças, nunca imaginou que tão poucas palavras e tão pouca elaboração da história poderiam um dia se transformar em um do contos mais “globais” da literatura, teatro, e imaginação do universo infantil. Também jamais pensou que um dia a sua história seria a fonte de renda de sua cidade. Esta pessoa não poderia prever tantas transformações. Se vivesse hoje, ficaria espantada com a repercussão de sua história.

Somos assim, desprezamos as pequenas coisas sem ter a imaginação e a visão do que esta pequenina coisa irá representar no futuro. Não se culpe, todos nós somos assim. A história deixa de ser história quando encontra uma imaginação fértil, então, ela se transforma em verdade.

Assim pensam hoje os moradores de Hamelin.

Porque estar falando de folclóricas situações do passado? Porque somos contadores de histórias, somos genealogistas e também não temos muita visão de onde o nosso trabalho vai parar, ou quem vai ler, ou quem vai imaginar a vida no passado.

Pequenas anotações vão virar… Sensações.

Citações, imagens e comentários vão ser cenários para alguém que quer se encantar com uma visita ao seu passado.

Assim, nós no sentimos hoje. Assim, agimos ao ler as anotações no verso de uma antiga foto, ou na beirada de uma Bíblia, ou em um Caderno de Receitas.

Somos hipnotizados por uma assinatura feita com uma caneta tinteiro e tentamos ver a pessoa escrevendo ou assinando aquele velho documento. É algo mágico, que mesmo que pareça fantástico, nos transporta ao passado da nossa história familiar.

Você já pensou que talvez você esteja escrevendo uma História do Flautista? Você já parou para pensar que todas as anotações, todos os detalhes, todas as datas e todas as imagens que hoje você coleciona, um dia, serão viagens no tempo e na imaginação de alguém?

Então, preste atenção, não deixe de escrever nada, anotar tudo, por mais insignificante que seja, por menor que seja pois esta sua dedicação um dia será uma grande história.

A moral da história do flautista: (na minha opinião) A magia esta em se compor uma música que, em alguns momentos irá encantar os ratos, em outros momentos irá encantar crianças, mas, em todos os momentos irá encantar alguém. A sua árvore genealógica é a sua música encantada, um dia, encantará seu filho, no outro… seu bisneto.

Você escreve os detalhes de sua história em sua Árvore Genealógica?

Comentários

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  • João Victor ‘Snaga’

    27 de junho de 2012

    “Você escreve os detalhes de sua história em sua Árvore Genealógica?”
    Não. Minha árvore está focada apenas em nomes e datas. Mas a idéia vai mudando, tanto pelas descobertas feitas em casa quanto pela leitura deste blog e de outros que acompanho net afora.

    Acho que a idéia é mesmo essa, não enumerar parentes apenas, mas contar nossas próprias histórias, deles e minhas!!!

  • Kemile

    3 de julho de 2012

    Eu acho que os nomes e datas são apenas um primeiro passo, e bem importante. Com o tempo, o “vírus da genealogia” toma conta, a gente vai se afeiçoando à árvore e querendo saber cada vez mais e mais sobre os antepassados… é aí que começamos a contar as histórias…

  • Humberto Wagner

    14 de julho de 2012

    Bem, eu creio que nossa árvore genealógica, é uma longa fila, onde cada um ao seu tempo escreveu parte da história da nossa família. E queiramos ou não lentamente e silenciosamente estamos entrando no final desta fila….

  • Maria do Carmo Braga

    18 de julho de 2012

    Eu ainda não descobri a forma de contar as histórias em minha árvore…Gostaria de uma dica. Grata

  • eduardo

    21 de novembro de 2012

    eu não quero saber da historia do flautista mas sim de hamelin