Nostalgia: aromas do passado

Nostalgia: aromas do passado

Nostalgia é um sentimento de saudades do passado, de um tempo ou lugar que nos fez felizes. A palavra nostalgia vem da combinação de duas palavras gregas: νόστος (pronuncia-se nóstos), que significa ‘reencontro’ e ἄλγος (pronuncia-se algos) que significa ‘dor’ e ‘tristeza’.

Este termo foi criado, no século XVII, por um médico da Alsácia, chamado Johannes Hofer, para descrever a angústia e a saudade de mercenários suíços que viviam longe de suas casas.

Nostalgia é um sentimento que pode ser provocado por uma série de associações. Memórias e uma melancolia podem surgir quando olhamos fotos antigas, quando ouvimos determinados sons ou músicas, ou quando experimentamos um prato com os mesmos sabores da nossa infância, por exemplo.

Cheiros têm o mesmo poder. Eles podem nos transportar no tempo e nos fazer reviver momentos do passado, nos fazendo sentir a presença de pessoas outrora conhecidas, mas que não estão mais conosco. A nostalgia é ainda mais forte quando se trata de um perfume, há muito esquecido.

Há cheiros que nos fazem lembrar da escola (eu por exemplo, só preciso sentir o cheiro de massa de modelar, ou de grafite, para me lembrar de um período muito especial da minha infância), ou da nossa avó. E milhares de outros cheiros que podem nos fazer lembrar de pessoas ou situações específicas, dando aquela saudade: cheiro de grama recém-cortada, de terra molhada após a chuva, de bolo de milho…

Quais são os cheiros que lhe fazem nostálgico ou saudoso? Quais são os aromas típicos da sua infância?

Comentários

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  • Luís Henrique

    23 de agosto de 2014

    Certamente! e vai muito além o poder dos aromas.
    A magia do perfume, em comum com a magia da música ou das artes plásticas, se acha intrinsecamente ligada ao mistério dos sentidos, esse aspecto da natureza humana que, estando fora do alcance do controle pessoal, sempre foi considerado como algo quase sobrenatural.
    “…as pessoas podiam fechar os olhos diante da grandeza, do assustador, da beleza, e podiam tapar os ouvidos diante da melodia ou de palavras sedutoras. Mas não podiam escapar ao aroma. Pois o aroma é um irmão da respiração. Com esta, ele penetra nas pessoas, elas não podem escapar-lhe caso queiram viver. E bem para dentro delas é que vai o aroma, diretamente para o coração, distinguindo lá categoricamente entre atração e menosprezo, nojo e prazer, amor e ódio. Quem dominasse os odores dominaria o coração das pessoas” (O Perfume – Patrick Süskind).