Millôr Fernandes O poeta do Humor

Que choque para os brasileiros, perdemos Millôr Fernandes.

Dois grandes humoristas em menos de 1 semana.

Acredite se quiser, Alguém não quer o brasileiro rindo demais.

Segundo Célia Paes, nossa leitora: — Há poucos dias morria o Humor Popular Brasileiro. Agora o Humor Erudito.

Eu me lembro do Millôr no Pasquim, na rebeldia dele e minha, dele de escrever as melhores tiradas contra a Repressão Militar e minha por andar com um exemplar do Pasquim sempre a mão, para manifestar minha indignação.

Millôr para mim representa “O Rebelde”.

Um dos seus mais famosos livros, entre tantos, foi “O livro Vermelho de Millôr”, com a coletânea dos pensamentos de Millôr. Genial!

“Viver é desenhar sem borracha“.

“Democracia é quando eu mando em você, ditadura é quando você manda em mim“.

“Não devemos resistir às tentações: elas podem não voltar“.

“O cara só é sinceramente ateu quando está muito bem de saúde“.

“Não é segredo. Somos feitos de pó, vaidade e muito medo“.

“A verdadeira amizade é aquela que nos permite falar, ao amigo, de todos os seus defeitos e de todas as nossas qualidades “.

Millôr nasceu Milton Viola Fernandes, no do Méier, Rio de Janeiro,  em 16 de agosto de 1923, e um erro de caligrafia deu-lhe o nome de Millôr, era filho do engenheiro espanhol Francisco Fernandes e de Maria Viola Fernandes, e ficou órfão de pai aos 2 anos e da mãe aos 12, foi criado pelos tios maternos Francisco e  sua esposa Maria que se transformaram em Pais de Acolhimento, viveu ao lado dos quatro filhos do casal no subúrbio de Terra Nova, próximo ao Méier.

Millôr foi um desenhista, humorista, dramaturgo, escritor e tradutor brasileiro. Com uma vasta literatura produzida, fazia humor com as palavras e mexia com as mentes. Influenciou diversos jornalista e criou o mais polêmico dos jornais brasileiros “O Pasquim” que satirizava abertamente a Ditadura Militar.