Greta Garbo – da Suécia para o mundo

Imagem: Metro-Goldwyn-Mayer

Greta Garbo, uma das atrizes mais famosas de Hollywood, não se tornou famosa sozinha, ela também fez da Suécia um lugar mais conhecido, para além das fronteiras da Europa. Ela foi uma estrela de bastante sucesso, principalmente na década de 20 e 30. Sua carreira, no entanto, foi abruptamente interrompida no início da década de 40.

Greta não gostava do seu status de celebridade e foi famosa por ser extremamente reservada (ela só concedeu 14 entrevistas em sua vida) e fugia de estreias no cinema e de entrevistas – o que contribuiu para a áurea de mistério e para o título de “enigmática”, que recebeu.

A atriz subiu literalmente de classe social, indo da infância de pobreza em Estocolmo, para a fortuna em Nova Iorque. Sua vida começou num pequeno apartamento no distrito de Södermalm, em Estocolmo, onde nasceu no dia 18 de setembro de 1905. Seus pais eram Anna Lovisa Johansson e Karl Alfred Gustafsson e os irmãos Sven e Alva. Greta era a caçula da família, como pode ser visto na sua árvore genealógica:

Árvore de genealógica de Greta Garbo - clique na imagem para ampliar

Seu pai faleceu quando a atriz tinha apenas 14 anos e aproximadamente na mesma época, Greta começou a trabalhar numa loja de departamentos chamada PUB, na seção de chapelaria. Por diversas vezes ela foi modelo desta mesma loja e a sua primeira experiência como atriz também foi feita num comercial da PUB. Em 1921 ela ganhou o seu primeiro papel em um filme.

Aos 17 anos ela decidiu estudar artes dramáticas, na Academia Real de Teatro Dramática e era a única da sua sala com uma origem mais humilde. Durante sua formação ela conheceu o produtor Ivar Kreuger e, através dele, ela fez contato com diversas pessoas que a ajudariam a iniciar sua carreira artística.

Entre eles estava o dramaturgo Arthur Nordén. Algumas pessoas afirmam que foi ele o responsável pela mudança do seu sobrenome de Gustafsson para Garbo. No entanto, há muita especulação envolvendo a escolha do seu nome artístico (para ler mais sobre isso: clique aqui).

Um filme chave para a atriz foi o filme mudo “A Lenda de Gösta Berling” (1924). O filme, do diretor Mauritz Stiller teve bastante sucesso e, na sequência, Greta filmou vários outros filmes do gênero na Alemanha. Devido a este sucesso, Greta e o diretor Stiller foram convidados para trabalhar em Hollywood, em 1925, por Louis Mayer, chefe do poderoso estúdio MGM. Era o início da sua carreira nos Estados Unidos. Ela filmou diversos filmes, inclusive o seu primeiro filme falado, em 1930.

Com o passar dos anos, e a medida que firmava sua carreira, a atriz por algumas vezes dizia “Acho que vou voltar para a Suécia”, como forma de persuadir seus parceiros de negócios a acatarem suas decisões.

Greta Garbo e Mauritz Stiller a bordo do navio SS Drottningholm a caminho dos Estados Unidos, em 1925

Com a Segunda Guerra Mundial tornou-se impossível distribuir os filmes de Garbo na Europa e a indústria de cinema tentou moldar a atriz para que ela se adequasse melhor ao mercado interno americano. Esta tentativa acabou com o desastroso filme “Duas Vezes Meu”, que foi o último rodado pela estrela. Greta foi nomeada para 4 oscars mas nunca recebeu a estatueta.

Aos 36 anos ela decidiu deixar a sétima arte, que aos poucos ela foi deixando de gostar, e se mudou para Nova Iorque. Ela retirou-se totalmente dos holofotes da vida pública e a reclusão tornou-se uma das suas principais características.

Em 1951, Greta Garbo recebeu a cidadania americana. Ela nunca se casou ou teve filhos. Especulava-se que ela era bissexual e que se relacionava com homens e mulheres. Ela faleceu no dia 16 de junho de 1999 e está enterrada num cemitério em Estocolmo.

Imagem: BillionGraves

Apesar das suas tentativas de se esconder da vida pública, Greta Garbo continua sendo uma estrela. E uma estrela que ainda brilha e que não deve ser esquecida. Ela inclusive acaba de ser escolhida para decorar a nova nota de 100 coroas, na Suécia, que será colocada em circulação em outubro de 2016, em sua homenagem.