Histórias de nossos usuários: João Fernando Henriques Pereira

Histórias de nossos usuários: João Fernando Henriques Pereira
João e sua esposa Sandra

João e sua esposa Sandra

Hoje temos o prazer de trazer mais uma das histórias inspiradoras, escritas diretamente pelos nossos usuários. Desta vez, João Fernando, 30 anos, casado, com dois filhos, natural de Pessegueiro do Vouga – uma aldeia pertencente ao concelho de Sever do Vouga, em Portugal, nos conta como começou a pesquisar a história da sua família e como se apaixonou pelo tema.

Boa leitura!

“Foi em Fevereiro de 2012 que decidi construir a árvore genealógica da minha família e da minha esposa.
A minha ideia inicial consistia em descobrir apenas os antepassados em linha recta, mas à medida que o número de indivíduos ia crescendo, e com o que me iam dizendo, descobri que algumas pessoas se ligavam a mim por vários ramos. Por isso, optei por colocar também os parentescos colaterais.

Para a construção da nossa árvore genealógica, tenho recorrido a diversos meios. Desde o início, tenho questionado pessoas sobre os seus antepassados e tenho-lhes pedido fotos antigas para enriquecer e preservar o património da nossa família. Todas as pistas dadas são uma preciosa ajuda que me permitem seguir o rasto.

Avós maternos, Diamantino e Lucinda e paternos, Maria e Alberto.

Avós maternos, Diamantino e Lucinda e paternos, Maria e Alberto.

Nesta figura, os avós maternos, Maria e Virgílio, e a avó paterna, Palmira, da minha esposa. Ainda não encontrámos foto do avô paterno, pois ele faleceu no Brasil no início do século passado.

Nesta figura, os avós maternos, Maria e Virgílio, e a avó paterna, Palmira, da minha esposa. Ainda não encontrámos foto do avô paterno, pois ele faleceu no Brasil no início do século passado.

Ao longo deste tempo, tenho contactado com muitas pessoas, as quais na maioria acaba por partilhar do meu entusiasmo e da minha vontade de conhecer mais sobre as origens. O facto de eu e a minha esposa sermos naturais e residentes da mesma freguesia facilita todo este processo.

Desde a fase inicial tenho procurado os assentos paroquiais a partir do ano de 1911, encontrando-se estes na casa paroquial.

Também no cemitério da nossa freguesia (Pessegueiro do Vouga, concelho de Sever do Vouga) tenho encontrado muitos dados importantes, incluindo fotos, sendo por isso frequente deslocar-me lá para “digitalizar” as lápides que, então, me ajudarão a prosseguir o trabalho.

Esta  foto retracta a procissão realizada durante a primeira missa do meu  tio-bisavô, no ano de 1945. Na foto, estão também presentes os meus  trisavós, Virgínia e Custódio.

Esta foto retracta a procissão realizada durante a primeira missa do meu tio-bisavô, no ano de 1945. Na foto, estão também presentes os meus trisavós, Virgínia e Custódio.

O Facebook, é uma via de comunicação que me tem permitido partilhar e descobrir informação, assim como o contacto com familiares cujo parentesco entre nós desconhecia.

O site Family Search é outra ferramenta muito útil no que se refere aos cartões de emigração, documentos esses que contêm dados importantes, como a filiação e a data de nascimento, assim como as fotos. Neletive acesso a inúmeras fotografias antigas de familiares emigrados há várias décadas.

Mais recentemente, tenho procurado também informação no site Tombo.pt que contém, entre outras coisas, os assentos paroquiais anteriores a 1911. Assim, torna-se ainda mais simples seguir as pistas para completar este puzzle genealógico. Antes destes arquivos estarem disponíveis online solicitava, mediante pagamento, ao Arquivo Distrital de Aveiro as cópias dos assentos que pretendia.

Ao longo da elaboração deste trabalho tenho verificado que há um elevado número de famílias da nossa freguesia que tem origens comuns. Recentemente, descobri raízes noutra freguesia, Ribeira de Fráguas, concelho de Albergaria-a-Velha, da qual já constam da árvore centenas de pessoas. Todo este processo tem-me facultado um enorme desenvolvimento pessoal, não só pelo convívio e comunicação com muitas pessoas, tal como já referi, como também pela descoberta de usos e costumes dos nossos antepassados. Por exemplo, é comum encontrar referência a profissões que desconhecia, causas de falecimentos que, felizmente, agora são raras. Conheci também realidades de outros tempos, tal como a existência de crianças enjeitadas que eram colocadas na roda (o que aconteceu com um meu tetravô) ou algumas peripécias e dificuldades por que passaram antepassados nossos durante a Primeira Guerra Mundial.

A genealogia transformou-se num vício para mim e cada novo dado é um incentivo para descobrir mais. A árvore genealógica da nossa família conta actualmente com 4038 pessoas.

Para a elaboração da árvore genealógica escolhi o programa informático Family Tree Builder. Este programa é fácil de usar, possui bons gráficos, correspondendo às minhas necessidades. Tem ainda a vantagem de ser gratuito. O seu apoio técnico tem sido perfeito no esclarecimento de todas as minhas dúvidas.

Obrigado MyHeritage!

Um abraço,
João Pereira”

Obrigada João, pelo seu depoimento e exemplo para tantos outros pesquisadores! E se você, leitor, também quiser contar a sua história para incentivar e inspirar outras pessoas a se apaixonarem pela genealogia, escreva para: brasil@myheritage.com

Comentários

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  • João Denizart

    11 de setembro de 2014

    Caro João Pereira.
    Se precisar de ajuda para alguma pesquisa aqui no Brasil, na cidade do Rio de Janeiro, conte comigo.

    Um grande abraço!

  • Celso Kropf de Abreu

    15 de setembro de 2014

    Imagino que tenham muitas famílias Pereira em Portugal.

    Descendo de uma delas. Trata-se de Antonio Baptista da Costa Pereira, nascido na Freguesia de Santa Maria Maior – Viana do Castelo – Portugal, filho de Jerônimo José Baptista da Silva e de Leonor Clara da Costa Pereira.

    O Antonio, já viúvo de Maria José da Fonseca e Souza, casou-se novamente em 30.09.1861 com Paulina Joana Deroche, em Cantagalo-RJ – Brasil. Eles eram meus bisavós, pais do meu avô materno.

    Também busco informações sobre meus bisavós paternos – Luís de Abreu ou Luis Coelho de Abreu e Maria Theodora de Abreu. Ela, pelo menos, seria procedente da Ilha da Madeira, segundo informações de uma prima de meu pai. Viveram na Ilha do Goveernador – Rio de Janeiro – RJ – Brasil.

    Agradeceria muito a quem pudesse me ajudar a levantar mais infomações sobre essas pessoas e também me disponibilizo a prestar informações sobre seus descendentes no Brasil.

    Abraços

  • Raul Pretel Fernandez

    17 de setembro de 2014

    prezados amigos…..

    Gostaria de montar minha árvore genealógica e não sei como fazer. Alguém me expica? Tenho muitas informações.

    Obrigado

    algu

  • Raul Pretel Fernandez

    17 de setembro de 2014

    Gostaria de montar minha árvore genealógica e não sei como fazê-la. Alguém pode orientar-me? Tenho muitas informações familiares prontas para serem utilizadas

    Obrigado: Raul Pretel Fernandez

    • Karen

      18 de setembro de 2014

      Olá Raul, aqui está um link para um tutorial da árvore. Espero que lhe ajude! Em caso de dúvidas é só entrar em contato conosco!

  • Jayme Machado Cabral

    17 de setembro de 2014

    Parabéns pelo trabalho João.
    Caso precise de algo do Brasil, estarei a disposição…
    Meu ramo familiar materno é todo de Portugal.

    Abraços

    Jayme Cabral

  • Michele Coronetti

    17 de setembro de 2014

    Parabéns!! Um grande exemplo para muitos!

  • AUDIFAX DE OLIVEIRA BARBOSA

    17 de setembro de 2014

    EH ESPETACULAR, EU ATE GOSTARIA DE SABER A GENAELOGIA DA MINHA FAMILIA, SO SEI QUE AVO POR PARTE DE MAE VEIO DA ILHA DA MADEIRA E O SEU NOME ERA MARIA SOBRENOME MACHADO E CASOU NO BRASILI COM UM MINEIRO POR NOME JACINTO DE OLIVEIRA MEU AVO. MAIS PARABENS PARA QUEM PODE TER O PRIVILEGIO DESTE FEITO. DEUS ABENÇOE.

  • eleno pereira

    17 de setembro de 2014

    bom dia meu tataravo manoel pereira balbão(balbam) veio de portugual busco informações da familia dele ai em portugual!!

  • João Pereira

    18 de setembro de 2014

    Caros,

    João Denizart e Jayme Machado Cabral, agradeço a disponibilidade demonstrada. Se necessitar entrarei em contacto com vocês.

    Caro Raul Pretel Fernandez, a D. Karen já lhe respondeu. Deixo apenas mais uma ajuda:

    Aos restantes, agradeço as palavras simpáticas. No que puder ajuda, disponham.
    Cumprimentos,
    João Pereira

  • Anadyr Fernandes

    19 de setembro de 2014

    Quero muito ver a Arvore genealógica da Família Fernandes; trabalho coordenado ou elaborado por Jonas Fernandes do Rio Grande do Sul ! Pertenço a essa familia e temos até o BRASÃO : 0brigada : Anadyr Fernandes

  • Eduardo Silva

    19 de setembro de 2014

    Prezado João,

    Gostaria de te parabenizar pelo trabalho magnífico. Sei bem como é difícil. O que me chamou a atenção na tua história foi a tua naturalidade de Pessegueiro do Vouga. Apesar de ser brasileiro e morar no Brasil, toda a minha família (materna e paterna) veio de Sever do Vouga (Dornelas, Rocas, Couto Esteves, Borralhal, etc.) Deve ter gente de Pessegueiro também. Quem sabe se não temos algum ancestral em comum? Tenho cerca de 400 pessoas na minha árvore, e penso que o número não vai sair muito disso. As dificuldades são muitas, desde a ausência de material, tempo, até mesmo um certo desinteresse da família pelo projeto. Apesar das dificuldades, o esforço com certeza é gratificante. Devemos perseverar. Abraço!

  • Eugenio Pavanello

    20 de setembro de 2014

    Sou assíduo leitor MyHerutag.Agradeço o envio das datas dos aniversariantes.

  • Juraci Ferreira

    20 de setembro de 2014

    Este trabalho de pesquisa genealógica é maravilhoso,rico,emocionante,desafiador. Já participei da “montagem” de uma árvore genealógica. Aos poucos a gente vai montando o “quebra-cabeças”. Parabens e bom trabalho para os pesquisadores.

  • João Pereira

    20 de setembro de 2014

    Caro Eduardo Silva,
    Agradeço as suas palavras. Se pretender alguma ajuda, o meu email é . Estou ao dispor.

    Cara Juraci Ferreira,
    Agradeço também as suas palavras.

    Abraços.
    João Pereira

  • Adelaide Mendes

    21 de setembro de 2014

    Eu tenho muita dificuldade em aumentar a minha árvore .gosto muito de genealogia,mas e difícil fazer mais do que já fiz,por falta de conhecimento técnico para a procura e também de procura através do computador.Por outro lado eu sou africana,com ascendência portuguesa de Caldas da Rainha,donde era meu pai.da parte do meu marido que era um “de Sousa Mendes” eu gostaria de saber se existirá alguma ligação com Aristides de Sousa Mendes”.Enfim não sei se poderei obter alguma ajuda ou ensinamento para as minhas buscas.

  • Raul Pretel Fernandez

    24 de setembro de 2014

    muito obrigado aos que me ajudaram. Vou tentar montar minha árvore genealógica.

    Abraços fraternais

  • Cicero Jackson Silva Barbosa

    27 de setembro de 2014

    Sou grato por esse trabalho de genealogia e historia da familia,que comecei a mim interessar em 1995,atraves de amigos da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Ultimos Dias,conhecidos como Mormons,os conheci no meu trabalho na estaçao de trens de Madureira no Rio de Janeiro,quando eu trabalhava pra uma radio que tinha equipamentos de transmissao nessa estaçao,quando me ensinaram sobre como era esse trabalho,e que meus antepassados esperavam que eu fizesse isso por eles,senti algo muito especial acontecer comigo naquele dia,fui inspirado a conhecer mais a respeito de meus antepassados,fui procurar conhecimento nos CHF, sao centros de historia da familia que tem equipamentos para pesquisa atraves de microfilmes de livros de registros de nascimento,casamento,e de obitos de diversas partes do Brasil e do mundo,comptadores para acesso aos sites do Familysearch.org,diversos programas,manuais,e tutoriais que ensinam a realizar esse trabalho de amor e de busca de nossas raizes,por onde tenho pesquisado minha arvore genealogica,e pude aprender mais a respeito de meus antepassados e o seu legado,onde pude encontrar e conhecer meus parentes,de meus pais,onde cheguei aos meus descendentes Italianos que vieram para o Ceara e fundaram as cidades de Viçosa e Granja parentes de minha av’o materno,e tenho buscado encontrar meus parentes vindos de Monteiro na Paraiba por parte de minha av’o paterno,e buscar mais conhecimento de meu av^o paterno,que era de Afogados da Ingazeira no Pernambuco,e meu av^o materno e de Palmeiras dos indios em Alagoas,aprendi a ter que ir buscar maiores informaçoes nesses lugares,nesses ultimos anos tenho aprendido com os irmaos e mebros da igreja.e com os meus parentes mais velhos de minha familia a realizar esse trabalho, estou muito feliz por o familysearch.org,estarem associados ao myheritage,para podermos aumentar nosso raio de busca e pesquisa genealogica,parabens a todos pelo seu trabalho e pesquisa,nao desistam de encontrar seus antepassados,temos uma promessa de que um dia poderemos ter uma familia eterna,so poderemos te-la se realizarmos o nosso trabalho de busca,e de amor por eles,sucesso,abraço a todos

  • Cicero Jackson Silva Barbosa

    27 de setembro de 2014

    A titulo de informaçao pras pessoas que nao sabem fazer pesquisa genealogica ou por onde comessar,que morem na cidade de Belem-Para,na cidade de Belem nos dias 24 e 25 de outubro havera em dois bairros da cidade no bairro do Entroncamento e no bairro do comercio nos CHF-Centro de Historia da Familia,de A Igreja de Jesus Cristo dos Snatos dos Ultimos Dias,Feiras de Genealogia e Historia da Familia,com o proposito de ensinar e divulgar os sites de pesquisa e genealogia,e uma iniciativa das estacas locais,para os membros das comunidades jovens e adultos possam aprender mais a respeito desse trabalho.

  • Paulo Roberto Berndt

    16 de outubro de 2014

    Paulo Roberto Berndt
    15/10/2014
    Santa Maria/RS
    Brasil
    A tua história é muito motivadora para quem estuda a genealogia. Principalmente quando ela não avança. Ela nos alimenta novas esperanças.
    Sou descendente de português. Meu avô materno veio de Portugal, Penafiel. Veio com uma filha, era viúvo. Chegou em Pelotas/RS, por volta de 1913. Casou com minha avó em 1915, ela então com 15 anos de idade. A filha que veio com ele ficou em Porto Alegre/RS.

  • arnaldo

    3 de fevereiro de 2016

    Iniciei minhas pesquisas há cerca de 5 anos, somente com memórias dos antepassados que foram passadas para meus pais que já são dois idosos de 80 e 75 anos, a linha materna é a mais prejudicada pois patino nos trisavós não consigo achar nenhum caminho que me leve a seus históricos no RJ, mas vou tentando. Já a linha paterno-materna também tenho dificuldades, mas vou seguindo… Entretanto na linha paterna sempre soubemos que nossos bisavós vieram dos Açores, percorri vários livros das freguesias, mas sem dar com nada nem na imigração… nem nos passaportes… até o dia que localizei a certidão de nascimento do meu avô que nasceu no Brasil em 1902 onde constava que seus pais eram casados na Ilha de São Miguel há cerca de 10 anos, isto me trouxe o caminho… onde descobri os demais documentos de muitos antepassados no site: chegando a uma árvore de mais de 2280 pessoas, sendo que após pesquisas também adicionei familiares por incidência em outros sites… localizamos até descendente de um tio bisavô que foi residir em Massachusets coisa que sabíamos através do avô, mas não tínhamos qualquer informação… tem sido gratificante, uma pena que no Brasil seja tudo muito difícil… o que consegui em outro país sentado em minha sala foi muito maior do que as buscas nos cartórios brasileiros… mas vale a pena cada minuto investido nesta busca… grande abraço a todos e sucesso em suas pesquisas.