O que vai ser no futuro

O que vai ser no futuro

Circula pela internet um email com o pomposo nome de “Árvore Genealógica Atual”, de autoria duvidosa mas que o autor foi muito feliz em sua criação. Não vamos divulgar aqui este email por não termos a sua verdadeira autoria.

Neste email, o autor brincava com o parentesco causado quando o filho anunciava para a mãe o seu casamento… Com o ex noivo da irmã que também iria se casar com a sua ex noiva. A confusão iria se formar com a união e os graus de parentescos que iriam se confundir bastante e de forma bem engenhosa. Mas tudo não passava de uma simulação.

Mas como se diz que a vida imita a arte, uma notícia recente nos deu conta que esta confusão pode ser sim verdade e aconteceu no Brasil, quando a mãe de uma jovem, incapaz de gerar um filho, emprestou a sua barriga para gerar a própria neta e em uma gestação de alto risco, pois a mãe de aluguel esta com 60 anos. (G1 – Jornal Hoje)

A filha Alice ( a neta), nasceu com 2,285 gramas ela e a mãe Dona Eunice ( a avó) passam bem, a mãe (a irmã) da menina chegou da Itália com o marido o pai, ( o cunhado de Alice) e agora todos estão muito felizes, (O pai, o cunhado, a mãe, a avó, a irmã, a mãe, a neta e a filha que além disto é cunhada do pai e irmã da mãe),  e todos já se preparam para explicar no futuro esta genealogia maluca.

Eu quase me perdi e espero que você não.

Avó (mâe) - Mãe (irmã)Mas que este nascimento, além de demonstrar o grande amor de uma mulher pela filha e pela neta ao emprestar a sua barriga para a gestação, gerou também outra coisa, uma grande confusão nos graus de parentesco. Mas o que vale nesta história toda para uma árvore genealógica? O DNA.

É ele que determina a descendência e portanto será ele que irá determinar a regra genealógica da árvore.

Parece engraçado mas se fosse o contrário, teríamos uma situação inusitada nos “bebês de proveta”.

“- Lave a mamãe bem direitinho, use detergente e não use esponja grossa para não arranhar… e depois, guarde ela no armário”. Um engraçada situação que não permitiria ser de outra maneira a não ser se considerar a genética como fator determinante na estrutura da árvore. ( No caso de semêm doado).

Este assunto fica bem mais polêmico quando transportamos para a realidade alguns casos já comuns em muitas famílias, como por exemplo, a adoção de crianças, filhos de pai desconhecidos ou ausentes, ou filhos do primeiro casamento que os parentes não querem que apareçam na árvore, forjando um DNA escondido.

Qual história você quer contar? Se for a verdadeira, ela muitas vezes é complicada e pode levar você a tomar uma decisão drástica dentro da suas relações com outros membros do site e se for a história que todos gostariam de ouvir, você poderá estar cometendo um erro genealógico imperdoável.

No caso de dona Eunice, a avó mãe, (ainda iremos falar sobre a influencias das vovós sobre os netos), a cor dos olhos, as feições, o tipo sanguíneo, as características serão da filha, mas ninguém irá tirar dela o direito de chamar a sua neta de filha.

Dentro de algumas árvores, que estão sendo montadas, também encontamos esta situação. Não se pode tirar de um pai não biológico o direito de considerar com filho uma criança criada desde a gestação ou desde pequenininho. É direito adquirido.

Mas o fator emocional é que irá influênciar a decisão do genealogista em árvores onde a pesquisa é dividida com os outros, o que não é o caso de uma pesquisa científica, onde a paternidade será mostrada, custe o que custar.

A solução que muitas vezes encaminhamos para nossos usuários, que nos solicitam orientação, é que usem o bom senso, já que estão dividindo a história com pessoas ainda atuantes na vida familiar e um deslize poderia causar constrangimentos e afastamento de uma parte dos membros colaboradores. Diante do conhecimento de uma destas histórias, (adoção, legitimação ou outra situação semelhante), o melhor caminho é conversar com os envolvidos e, chegar a uma decisão baseada na vontade dos parentes. A verdadeira história pode muito bem ficar “escondida” até que o principal envolvido possa decidir se quer saber ou não, e no caso é a criança que um dia será adulto.

Se a decisão for por omitir informação, deixe a história verdadeira contada em comentários do perfil, para que no futuro possam ser recuperadas se este for o objetivo do envolvido.

O assunto é polêmico e muitos podem dizer que o correto é considerar a genealogia no caso de árvores genealógicas  como as nossas. Mas como seria o perfil de uma proveta? Use o bom senso.

Comentários

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  • welfare joele pinto

    22 de outubro de 2010

    VENHO DISCUTINDO ESTE TEMA NO BLOG E FORUM POR MUITAS VEZES COM APARTES DO WALTER. CONSIDERO QUE DEVEMOS UTILIZAR COMO REGRA O QUE DIZ A LEI. CASO NÃO HAJA APROVAÇÃO DE TODAS AS PARTES ACREDITO QUE POR UM PERÍODO, DEFINIDO PELO CONJUNTO DAS PESSOAS ENVOLVIDAS, PODERÍAMOS UTILIZAR O “BOM SENSO” DITO NO ARTIGO. ” A verdadeira história pode muito bem ficar “escondida” até que o principal envolvido possa decidir”.
    É,…. DE QUALQUE FORMA É POLEMICO E NÃO DEVEMOS, NUNCA, DEIXAR DE OUVIR O QUE DIZ A LEI.