Encontrei um parente próximo e agora?

Encontrei um parente próximo e agora?

Este artigo foi escrito por Richard Hill, um consultor de testes de DNA, blogueiro, autor e apresentador. Depois de se tornar a primeira pessoa adotada a identificar sua própria família biológica através de um teste genético em 2007, Richard decidiu compartilhar aquilo que havia aprendido com outras pessoas através do seu site: DNA Testing Adviser (Consultor de testes de DNA). Em 2012, Richard também compartilhou a sua história em um livro agraciado com um prêmio: Finding Family: My Search for Roots and the Secrets in My DNA (Encontrando a família: a busca de minhas raízes e os segredos do meu DNA). As apresentações de Richard têm sido bem recebidas em bibliotecas, grupos de genealogia e eventos ligados ao DNA.

Graças ao DNA Quest, você talvez também já tenha recebido um kit de DNA totalmente gratuito, e talvez também terá uma correspondência de DNA que o levará a um familiar perdido.

Caso você tenha sido adotado, talvez você consiga encontrar um irmão ou pais biológicos. Por outro lado, caso você mesmo, ou alguém da sua família, tenha dado um bebê para adoção, você terá a chance de encontrar o adulto que aquele bebê se tornou.

E agora?

Antes de se precipitar na hora de fazer o contato, você deve se preparar para uma vasta gama de possibilidades.

Caso 1: A pessoa adotada encontra a família primeiro

Por uma lado, temos famílias biológicas em que os pais se casaram, contaram para seus filhos sobre a sua existência, comemoram seu aniversário e estão procurando ativamente para encontrá-lo.

Porém, por outro lado, temos mães biológicas que nunca contaram uma palavra sobre a sua existência para absolutamente ninguém, elas ainda se envergonham da história e vivem com medo de que este segredo possa ser descoberto.

Neste segundo caso, dá para se perguntar porque alguém que não quer revelar a sua história se sujeitaria a fazer um teste de DNA. Mas devido às propagandas que falam bastante sobre a origem étnica, milhões de pessoas estão fazendo o teste de DNA sem entender muito bem que com ele também são entregues correspondências de DNA. Talvez a pessoa, ou um parente próximo, tenha feito um teste por motivos que não têm nada a ver com você.

A maioria das pessoas adotadas irão encontrar situações que estão entre os dois extremos descritos acima. Para se garantir em ambos os cenários, você deve ter muita cautela ao entrar em contato, tratando tudo com muito cuidado, respeito e discrição, até saber ao certo em que extremo você se encaixa.

Caso 2: A família encontra a pessoa adotada primeiro

No caso oposto, é de esperar que uma pessoa adotada que fez um teste de DNA gostaria de ser contactada pela sua família biológica. Mas, novamente, pode ser que ele ou ela tenha feito o teste por outros motivos e simplesmente aconteceu de terem uma correspondência com você.

Lembre-se que nem todas as pessoas adotadas querem conhecer suas famílias biológicas. Alguns adotados sentem raivas e se sentem “indesejados”. Muitos têm medo que o contato possa parecer desrespeitoso para com os pais adotivos.

Também pode acontecer uma situação ainda mais delicada: nem todos os filhos adotivos sabem que foram adotados e simplesmente pensam que a árvore genealógica da sua família é fruto dos únicos pais que já conheceram.

É preciso ser muito cauteloso até entender bem qual é o caso da pessoa adotada que teve uma correspondência com você.

Cinco dicas para entrar em contato

Assim que você encontrar uma correspondência próxima tire printscreens (ou fotos) de tudo relacionado à correspondência e qualquer árvore associada. Em alguns raros casos, algumas pessoas ficam com medo de enfrentar a situação e acabam deletando suas contas, após descobrir um parente próximo.

Na primeira vez que você contactar a pessoa – talvez através de email, ou através da ferramenta de correspondência do site – seja simpático e também um pouco vago sobre o parentesco. Por exemplo:

“De acordo com meus resultados de DNA no [NOME do teste], você e eu somos parentes próximos. Eu acho que eu sei qual é o nosso grau de parentesco, mas adoraria conversar sobre isso com você, em particular. Por favor me ligue ou me escreva. Aqui estão minhas informações de contato: …”

Algumas pessoas fazem vários testes de DNA, então é importante dizer em que site você encontrou a correspondência. Também é sempre bom deixar claro que você pode ser discreto.

Na melhor das hipóteses, o bom é conversar falar com a pessoa pelo telefone, para que seja possível compartilhar os dois lados da história de forma confortável, bem como já trocar informações básicas e poder reagir melhor através da voz da pessoa.

Caso você não receba nenhuma resposta na sequência, procure em outros lugares por um número de telefone ou email, usando as referências da pessoa que você já tem. Se a sua correspondência só tiver um nome de usuário como identificação, pesquise este nome na rede. Pode ser que o mesmo nome já tenha sido usado em outros sites.

Se você tem um email, prepare uma carta inicial, que deve ser escrita com muito cuidado Fale um pouco de você, mas sem se exibir. Deixe, no entanto, a impressão de que você é uma pessoa simpática, inteligente e centrada. Explique de forma gentil as razões da sua pesquisa e porque você está buscando respostas para as perguntas que lhe são tão importantes.

Explique rapidamente que a quantidade de DNA que vocês compartilham pode indicar um parentesco de pai/filho, irmão/irmã (conforme o seu caso). Não diga que você está esperando começar um relacionamento. Mantenha o foco em receber respostas para as suas dúvidas.

Mande fotos suas em várias idades. Às vezes vendo que você se parece com alguém da família pode ser o suficiente para amolecer o coração e se estabelecer uma ponte.

Mantenha as suas expectativas em baixa. O objetivo principal é resolver as suas dúvidas. Um bom relacionamento com parentes recém-descobertos seria a cereja do bolo. Mas nem sempre é possível se atingir este patamar, por uma série de razões. Deixe o tempo decidir.
Boa sorte!

Para receber mais dicas do Richard Hill, confira: DNA Testing: Seven guidelines for adoptees (Testes de DNA: 7 dicas para pessoas adotadas).

Comentários

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  • Hermes Almeida

    3 de julho de 2018

    LEGAL PESQUISAR POR AQUI NESTE CAMPO DA MYHERITAGE BLOG, VALE PENA.

  • Milla

    4 de julho de 2018

    Olá
    Boa noite!
    Gostaria muito de encontrar a certidão do meu pai português

  • Carlos Augusto

    6 de janeiro de 2019

    procuro parentes de meu avo Delfim Augusto Rodrigues, provavelmente da cidade de Aveiro, mãe ou irmã Irina, veio para o Brasil, entre 1940 – 1945. Tel contato (91) 98186-8816/ 98771-0266