8 de março – Dia Internacional da Mulher

No dia que também é meu, gostaria de fazer uma pequena homenagem a 10 grandes mulheres que marcaram a história do Brasil e de Portugal. Claro que esta não é uma lista definitiva e muitas mulheres de destaque ficaram de fora. Convido a vocês que acrescentem nos comentários as pessoas que gostariam de ver igualmente homenageadas: tanto as “grandes” mulheres da História, quanto às heroínas do nosso dia-a-dia, como uma mãe, avó ou irmã.

Fonte da imagem: fortium.edu.br

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A lista daqui retirada foi baseada numa lista feita no site colegioecologia.com.br

Imagem: Alemdaimaginação.com

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1- Carmen Miranda – Maria do Carmo Miranda da Cunha (9/2/1909 em Marco de Canaveses/Portugal- 5/8/1955 em Los Angeles) foi uma cantora e atriz luso-brasileira. O auge da sua carreira se deu entre as décadas de 1930 e 1950, nos palcos do Brasil e dos Estados Unidos, trabalhando no rádio, no teatro de revista, no cinema e na televisão. Ela chegou a receber o maior salário até então pago para uma mulher nos Estados Unidos.
Sua família emigrou para o Brasil quando Maria do Carmo era ainda um bebê, não tinha nem um ano de idade. E o apelido Carmen ela ganhou no Brasil, de um tio que era apreciador de óperas.

Imagem:  In Britannica Escola Online. Web, 2014. Disponível em:

Imagem: In Britannica Escola Online. Web, 2014. Disponível em:

2- Rachel de Queiróz – Rachel de Queiroz (17/11/1910 em Fortaleza – 4/11/2003 no Rio de Janeiro) foi tradutora, romancista, escritora, jornalista, cronista e também dramaturga. Foi a primeira mulher a ingressar na Academia Brasileira de Letras e também a primeira a receber o Prêmio Camões (equivalente a um prêmio Nobel, na língua portuguesa).
A sua família migrou do Nordeste para o Rio de Janeiro, após uma grande seca em 1917, mas eles acabam por regressar ao Ceará. No entanto, a luta do povo nordestino contra a seca e a miséria, parecem ter marcado a autora que tratou do tema em alguns romances.

Imagem: minhaprece.com

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3- Irmã Dulce – Maria Rita de Sousa Brito Lopes Pontes “o anjo bom da Bahia” ou a “Beata Dulce dos Pobres” foi uma religiosa católica brasileira (nasceu e faleceu em Salvador 26/5/1914-13/03/1992). Muito cedo ela iniciou suas obras de caridade e de assistência aos mais pobres e necessitados, inclusive já na mais tenra idade ela lotava a casa de seus pais com doentes, que ela acolhia.
Irmã Dulce ajudou a criar várias instituições filantrópicas, entre elas, o Hospital Santo Antônio. Irmã Dulce foi beatificada no dia 22/5/2011 em Salvador.

Imagem: Wikipedia.pt

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4- Chiquinha Gonzaga – Francisca Edwiges Neves Gonzaga (nasceu e faleceu no Rio de Janeiro 17/10/1847-28/2/1935) foi uma compositora, pianista e regente brasileira. Todos devem conhecer  pelo menos uma das mais de 2 mil composições populares que ela compôs: “Ô Abre Alas”. Mas ela não ficou por aí, ela foi também uma das precursora do choro no pais, além de ter sido a primeira mulher a reger uma orquestra no Brasil.
Filha de um general do Exército com uma mulher negra, Chiquinha conviveu com a rígida família do seu pai, que tinha pretensões aristocráticas (seu padrinho era Luís Alves de Lima e Silva, o Duque de Caxias).

Imagem: curtatenis.com.br

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5- Maria Esther Bueno (nascida em São Paulo em 11/10/1939) é considerada a melhor tenista brasileira de todos os tempos. Com um estilo de jogo muito elegante, ela foi também a primeira mulher a ganhar os 4 Grand Slams jogando em duplas, num mesmo ano. A sua carreira começou no Clube de Regatas Tietê, na década de 50, que infelizmente deixou de existir em 2012. Em novembro de 1978, Maria Esther foi homenageada com a inclusão de seu nome na galeria do super exclusivo International Tennis Hall of Fame, numa cerimônia realizada no Hotel Walsdorf-Astoria, em Nova Iorque. Ela tem inclusive uma estátua de cera sua no museu londrino Madame Tussauds.

Imagem: Wikipedia.pt

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6- Princesa Isabel – Isabel Cristina Leopoldina Augusta Micaela Gabriela Rafaela Gonzaga de Brangança e Bourbon (nasceu no Rio de Janeiro em 29/07/1846 e faleceu em Eu, França, no dia 14/11/1921 foi a última princesa e regente do Império do Brasil por três ocasiões, na qualidade de herdeira do imperador Dom Pedro II e da imperatriz Dona Teresa Cristina. Entrou para a História do país como a “Redentora” por ter assinado a Lei Áurea que proibiu a escravidão no Brasil. Com o final da monarquia a Princesa Isabel viveu seus últimos dias no exílio, no castelo da família, na Normandia.

Imagem: Wikipedia.pt

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7- Olga Benário Prestes (nasceu em Munique em 12/2/1908 e foi assassinada em Bernburg em 23/4/1942) foi uma jovem militante comunista de origem judaica, que acabou sendo deportada para a Alemanha durante o governo de Getúlio Vargas. Ela era militante do partido comunista na Alemanha e acabou sendo presa, neste mesmo país. Ela acaba sendo solta e foge para União Soviética (1930), onde conhece Luís Carlos Prestes, que também estava residindo naquele país. Ambos voltam ao Brasil (1935), onde pretendiam liderar uma revolução armada  com o apoio de Moscou. Em 1936, no entanto, após as tentativas de golpe ao governo, Olga é presa em março de 1936. Mesmo grávida, Olga foi deportada para a Alemanha, o que equivalia a uma condenação à morte, afinal ela era não apenas judia, mas comunista.

Imagem: http://2.bp.blogspot.com/

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8- Sophia de Mello Breyner Andersen (nasceu no Porto em 6/11/1919 e faleceu em Lisboa em 2/7/2004) foi uma das mais importantes poetisas portuguesas do século XX. E foi a primeira mulher portuguesa a receber o “Nobel” em língua portuguesa, o Prêmio Camões em 1999.
Sophia tem origem dinamarquesa pelo lado paterno – seu bisavô Jan Heinrich Andresen e tem vários aspectos que trabalhava em suas obras como casas, a natureza no geral e o mar em particular.

9- Maria Quitéria de Jesus (nasceu em Feira de Santana no dia 27/7/1792 e faleceu no dia 21/8/1853 foi uma militar brasileira e heroína da Guerra da Independência. Seus feitos são comparados aos da mártir francesa Joana d’Arc e em 1996 o Estado brasileiro acabou condecorando-lhe postumamente com o título de patrona do Quadro Complementar de Oficiais do Exército Brasileiro.
Maria Quitéria era filha primogênita de imigrantes portugueses e muito cedo perdeu a mãe. Com o início das agitações na Bahia contra o domínio de Portugal, Maria Quitéria resolve se alistar. Não encontrando apoio do pai, encontra em uma meia-irmã o auxílio que buscava e se disfarça de homem para poder se alistar. Apesar de ter sido descoberta pelo pai duas semanas mais tarde, acaba recebendo o apoio do Major de seu batalhão e acaba sendo incorporada à tropa. Ao seu uniforme foi acrescentado um saiote à escocesa. Os seus atos de bravura fizeram com que fosse recebida no Rio de Janeiro pelo Imperador Dom Pedro que lhe concedeu a insígnia de Cavaleiro da Ordem Imperial do Cruzeiro.

Imagem: wikipedia.org

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10- Amália Rodrigues (nasceu e faleceu em Lisboa 23/7/1920-6/10/1999) – Amália da Piedade Rodrigues foi uma fadista, cantora e atriz portuguesa considerada o exemplo máximo do fado. Ela é aclamada mundialmente como a voz de Portugal e uma das cantoras mais brilhantes do século XX. Devido ao simbolismo que o fado possui para a cultura portuguesa, ela era vista por muitos como uma verdadeira embaixatriz do país pelo mundo. Está sepultada no Panteão Nacional, local onde repousam as personalidades consideradas expoentes máximos do povo português.

A todas as mulheres que são as responsáveis por fazerem deste mundo um lugar melhor, seja pelos seus pequenos ou grandes gestos, fica aqui a nossa homenagem.

Comentários

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  • Maria Lúcia Bernardini

    9 de março de 2014

    Dentre as inúmeras mulheres que honram a Humanidade – não nos esquecendo da recomendação da postagem de nos lembrarmos de nossas familiares – lembrei-me de Aracy Moebius de Carvalho Guimarães Rosa, “O Anjo de Hamburgo”, cuja biografia, na Wikipédia, a enciclopédia livre, se inicia assim: Aracy Moebius de Carvalho Guimarães Rosa (Rio Negro, Paraná, 5 de dezembro de 1908 — São Paulo, 3 de março de 2011) foi uma poliglota brasileira que prestou serviços ao Itamaraty, tornando-se a segunda esposa do escritor João Guimarães Rosa. Aracy também é conhecida por ter seu nome escrito no Jardim dos Justos entre as Nações, no Museu do Holocausto (Yad Vashem), em Israel, por ter ajudado muitos judeus a entrarem ilegalmente no Brasil durante o governo de Getúlio Vargas. A homenagem foi prestada em 8 de julho de 1982, ocasião em que também foi homenageado o embaixador Luiz Martins de Souza Dantas. Ela é uma das pessoas homenageadas também no Museu do Holocausto de Washington (EUA). É conhecida pela alcunha de “O Anjo de Hamburgo”. Leia mais em: Aracy de Carvalho Guimarães Rosa na Wikipédia