Fabrício Fraga: Meu antepassado o “Descobridor de Diamantes”

Fabrício Fraga: Meu antepassado o “Descobridor de Diamantes”

Recentemente perguntamos aqui no blog qual antepassado que nossos usuários mais gostariam de (re-)encontrar. Foram várias as respostas, muitas delas muito nos emocionaram, pois revelavam motivos íntimos como uma usuária que queria ter a chance de apresentar à mãe, os netos que ela nunca chegou a conhecer, ou outro usuário que gostaria muito de ter a oportunidade de dar um abraço em seu avô.

Prof. Fabrício

Prof. Fabrício

Mas um comentário, em particular, nos deixou curiosos: Fabrício, o autor do post de hoje, queria conhecer o Descobridor de Diamantes – Bernardo da Fonseca Lobo.

Fabrício, professor de inglês, que gosta muito de História, interessa-se desde criança pelas histórias das famílias a que pertence, mas só quando foi para a cidade onde agora mora, há 11 anos, é que teve a oportunidade de ter um contato mais próximo com a história de sua família.

Boa leitura!

“Um dos meus antepassados mais distantes é o Bernardo da Fonseca Lobo e sua esposa D. Anna de Mascarenhas de Vasconcelos. Ele, filho legítimo de António Jorge e de Domingas Francisca, nascido no final do século XVII ou no início do século XVIII em Portugal no lugar chamado Rio Maior, termo de Santarém, arcebispado de Lisboa e ela, filha legítima de André de Mascarenhas de Vasconcelos (Português) e de Maria de Jesus de Vasconcelos, nascida em Santo Antônio do Brumado, termo de Mariana, Minas Gerais.

O Bernardo foi o homem que descobriu os primeiros diamantes do ocidente e que por ter levado ao conhecimento do rei de Portugal veio a receber algumas mercês por esse fato. Ele é o oitavo numa linha ascendente a partir de minha mãe, portanto meu antepassado direto [nota da redação: o Aquivo Público Mineiro disponibiliza a petição de Bernardo a Dom João, rei de Portugal. Clique aqui para ler.].

Bernardo da Fonseca Lobo é um personagem que os historiadores locais conhecem muito, ou pensam que conhecem. Vários no passado já descreveram ou tentaram descrever a história desse feito, como o próprio Joaquim Felício dos Santos. Mas ao que eu saiba ele não era nobre. Apesar de que há um homônimo seu que nasceu no início do século XVII em Portugal e que era de linhagem nobre. Mas não sei se eles tinham alguma relação de parentesco.

Através da pesquisa genealógica acabei desvendando e entendendo melhor sobre o que aconteceu com os bens da minha trisavó que era trisneta do Bernardo da Fonseca Lobo.

Estas fotos são de duas igrejas importantes para o Bernardo, à esquerda é a Matriz de Nª. Srª da Conceição situada na cidade do Serro, onde ele se casou com Dª Anna de Mascarenhas; e a outra foi a Matriz de Santo Antônio na Cidade de Gouveia, onde ele foi enterrado com todas as honras de um homem importante de sua época.

Descobri mais recentemente que um dos filhos do descobridor dos diamantes foi um dos “inconfidentes”, o Coronel Roberto de Mascarenhas de Vasconcelos Lobo. o qual narra em seu testamento um episódio que aconteceu com um seu procurador em Portugal durante a invasão de Napoleão Bonaparte.

Roberto era filho do Bernardo da Fonseca Lobo e irmão de Theotônia Caetana de Mascarenhas, primogênita de Bernardo e minha antepassada direta. Portanto ele, o coronel, era meu antepassado “colateral”.

Utilizo o site de MyHeritage como meio virtual onde eu tenho registrado parte das informações que consegui acumular ao longo da minha pesquisa para a posteridade. Um site que possui vários recursos interessantes e até de certa forma lúdicos, o que pode incentivar a utilização de outros membros do site e, com isso promover uma maior interação desses parentes e familiares.”

Muito obrigada Fabrício por compartilhar conosco a sua história familiar! Muito sucesso nas suas pesquisas!

E se você também tem histórias interessantes para compartilhar conosco é só escrever para brasil@myheritage.com

Comentários

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  • Solange C. B. Zein

    18 de dezembro de 2013

    Fabrício, bom dia!

    me chamo Solange Cardos Bulhões Zein e segundo minha mãe, 83 anos e viva, nascida em Garanhuns, filha de João Francisco Moraes e Theodora Paes de Barros. somos também descendentes de fidalgos portugueses, vindos para o Brasil e se instalado em Pernambuco e parentes de Domingos Jorge Velho (o sobrinho de Jorge Velho que viveu em SP – Santana de Parnaiba).
    Muito prazer em saber sobre sua história. Gostaria muito de trocar informações sobre antepassados contigo.

  • Fabrício A. Mascarenhas Fraga.

    19 de dezembro de 2013

    Boa noite, Solange.

    Que bom saber que gostou da história compartilhada. Será um prazer poder trocar informações sobre esse tema com você.

  • Cristiano P. Rodrigues Mascarenhas

    20 de dezembro de 2013

    Fabrício, sua pesquisa é excelente, parabéns.
    Nesse mundo onde as memórias já não são mais preservadas, conhecer sua própria história e emergir do estado de amnésia de nosso dia a dia.
    Te agradeço.

  • Fabrício Mascarenhas Fraga

    21 de dezembro de 2013

    Que bom saber que você gostou, Cristiano! Obrigado pelo incentivo.
    Um abraço forte!

  • Renato Piccinin

    28 de dezembro de 2013

    Já que no Brasil praticamente nao se conserva o patrimônio físico, vamos memorizar através da genealogia e das histórias que dela conseguirmos.

  • Fabrício A. Mascarenhas Fraga

    31 de dezembro de 2013

    Caro Renato Piccinin,

    Concordo com você. Penso que a preservação do patrimônio material e imaterial tem que ser uma responsabilidade do Estado com total envolvimento da sociedade civil organizada. Moro em uma cidade histórica e sei o quão importante tem sido a participação do cidadão na gestão da coisa pública, através dos conselhos municipais.

  • Danilo Fernandes

    2 de janeiro de 2014

    Fabricio, como você fez a sua pesquisa?

  • Fabrício Mascarenhas Fraga

    17 de janeiro de 2014

    Olá, Danilo.

    Bem, minha pesquisa eu comecei a partir de histórias orais e documentos antigos de familiares meus. O resto foi através de documentos cartoriais que encontrei sob a guarda do IPHAN aqui em Diamantina, MG.

  • Marinalva Silva Andrade

    20 de janeiro de 2014

    Há muito venho tentando iniciar minha pesquisa familiar, mas não tenho, como você, Fabrício, muitos dados para o ponta pé inicial.Ao contrário da sua família, a minha não tem tantos registros por aí. Fico
    esperando que surja um fato que me dê o incentivo inicial. Adoraria receber sugestões.Obrigada

  • Fabrício A. Mascarenhas Fraga

    21 de janeiro de 2014

    Olá, Marinalva.

    Talvez você devesse começar com seus parentes mais idosos, procurando se informar sobre os nomes, local de nascimento de seus avós, bisavós e, a partir daí procurar nos acervos paroquiáis, nos livros de batismo. Você pode, também, solicitar uma busca de registros de nascimento em cartórios nas comarca onde eles nasceram. Quando você possuir mais informações, uma outra fonte importante de pesquisa que temos aqui em Minas é a Revista do Arquivo Público Mineiro bem como outras fontes de pequisa que constam no SIAAPM que você poderá acessar pela Internet.

    Att.,

  • Lêda Mariza Mascarenhas

    23 de janeiro de 2014

    Oi Fabrício, temos um sobrenome em comum, gostaria de me contactar com você para verificarmos se temos algum parentesco.Ficarei muito feliz se for possível, obrigada Leda

  • Fabrício Mascarenhas Fraga

    27 de janeiro de 2014

    Olá, Lêda.

    Será um prazer poder conversar com você e, quem sabe, podermos trocar algumas informações. Você poderia me solicitar amizade no Facebook para assim trocarmos e-mails. Creio que seria a forma mais segura para estabelecermos contato.

    Um abraço,

    Fabrício.