É assim mesmo o que está acontecendo e que nem todos notam. Hoje em dia parece à mim, que as pessoas estudam mais, são até graduados, mas a educação que tínhamos no passado, com estudos ou não era diferente. Ninguém passava batido por uma outra pessoa sem cumprimentar, dizer, “bom dia”, boa tarde” ou “boa noite”. Pra falar a verdade, eu estranho muito isso. à mim isto faz mal, faz mal à minha educação ´e até à saúde. E a relação filhos/pais e pais/filhos. No meu tempo além de se usar cumprimentar uma pessoa que se cruzava na rua, o comportamento na família era muito diferente. Naqueles tempos idos que não voltam mais, quando os pais levantavam da cama mais cedo, o filho ou a filha, antes de mais nada, primeiro de qualquer outro afazer, procurava o pai e a mãe e pedia a benção de mãos postas. A educação começa em casa, na casa dos pais. É justamente por isso que vemos a delinquência crescer, professores serem agredidos na escola. Hoje se uma professora, só alterar um pouco mais a voz à um aluno/a qualquer, no dia seguinte, ela (a professora) é chamada à atenção pela mãe desse aluno/a. É lamentável. Naqueles tempos, numa escola havia mais ordem, mais obediência. Hoje quando a gente passa ao lado de uma escola, ouvimos lá dentro da sala de aula uma gritaria, muito barulho nem parece que lá dentro há alunos estudando. Naqueles tempos que se foram e não voltam mais, quando a gente passava do lado de uma escola, a gente não ouvia barulho nenhum dentro da sala de aula. Havia silêncio. A professora/sor era respeitado. As mães mesmo diziam que uma professora era a segunda mãe de seu filho. Tenho muito mais coisa a dizer, mas para não ocupar muito espaço, paro por aqui.
Não sei se é o Natal, ou se é uma daquelas necessidades humanas básicas, mas fato é que em maior ou menor grau, todo mundo precisa de atenção. E não é só a atenção dos amigos, do marido, dos filhos ou dos pais. Queremos atenção em geral. Queremos chegar em uma loja e contar com um sorriso no rosto, queremos que as pessoas que nos atendam sejam simpáticas e prestativas. Queremos, por assim dizer, a boa e velha educação.
Mas e o que querem aqueles que nos atendem? Os que sorriem para nós e não recebem nem um olhar em troca, os que nos dizem bom dia e são bombardeados com perguntas, ordens ou pedidos? Não quererão estes também uma contrapartida?
Não é de surpreender que a resposta seja sim, que isto é exatamente o que o outro lado espera.
No final de semana passado eu estava em uma feira, comendo pastel, sentada num banquinho, do lado da barraca. Estava sozinha, sem celular ou algo que pudesse prender minha atenção e estava esperando meus pais chegarem. Então, comecei a observar a conversa de duas das moças que trabalhavam na barraca. Uma perguntava à outra: e aí, já ganhou um hoje? E a outra, só dois.
Fiquei curiosa, já com vontade de perguntar o que é que elas estavam ou não ganhando, quando um novo cliente chega. A primeira moça lhe diz sorridente, bom dia. A resposta veio rápida: Dois de carne e um pizza. As duas moças se entreolharam, cúmplices, e continuaram seus afazeres.
Chega mais um cliente, a segunda moça tenta sua chance: Bom dia, tudo bem? A resposta veio ainda mais seca: não tem café hoje não?
Mais um rolar de olhos.
E assim foram se sucedendo vários clientes até que um finalmente responde o que as moças queriam tanto escutar: Bom dia!
Depois que ele foi, uma das moças comenta: nossa, até que enfim. “Será que as pessoas pensam que vão ficar mais pobres se responderem? Vai cansar a boca? Vai cair a língua? As pessoas hoje em dia não têm mais educação.”
Só pude concordar com seus argumentos e me sentir envergonhada por algumas vezes também não desejar um bom dia e já partir direto para o pedido que gostaria de fazer.
Será que as moças da barraca do pastel têm razão e estamos mesmo perdendo a boa educação que nos foi passada pelas gerações mais antigas? Eu me lembro que meu avô sempre fazia questão de que falássemos bom dia, boa tarde ou boa noite.
Meus pais me cobravam mais o boa noite mesmo, as outras opções não eram tão presentes. Fiquei pensando que a boa educação também se mostra muito pelos pequenos gestos do dia-a-dia. Os velhos “por favor”, “obrigada”, “com licença” e “desculpe”, o levantar de um banco quando um idoso chega, não porque está escrito na lei, mas por gentileza, o segurar a porta do elevador para o outro entrar e sair… Será que estamos menos educados, menos gentis do que as gerações passadas?
Fiquei pensando muito nesta questão e queria saber de vocês: as gerações de hoje são menos prestativas e educadas do que as anteriores? Queremos saber sua opinião nos comentários a seguir.
Reynaldo Alberto Stein
7 de dezembro de 2013
boa tarde Karen, boa observação e uma grande verdade do que acontece atualmente.