Gostaria de saber se posso colocar o sobrenome materno meu na minha esposa quando casarmos?
Antigamente, para todo brasileiro, a regra era: ao se casar a mulher recebe o nome do marido e o marido continuava com o seu sobrenome. Não era incomum uma família receber um convite de casamento do tipo: Sr e Sra. Frederico Cardoso Pontes.
O que para algumas mulheres poderia ser uma fonte de orgulho – a de carregar o sobrenome do marido, para outras poderia ser uma espécie de carga, um símbolo de submissão ao marido.
Na cultura portuguesa, é costume que os filhos recebam um ou mais sobrenomes de ambos os progenitores. Os sobrenomes maternos precedem os paternos. Em Portugal, há um número máximo de sobrenomes permitidos, quatro, já no Brasil e nos restantes países de língua portuguesa não existe esta limitação.
No entanto, após o casamento, e após a adoção do sobrenome do marido, esta prática pode originar nomes extremamente longos. Por exemplo uma garota chamada de Maria Carolina que recebe dois sobrenomes da mãe, mais dois do pai – Maria Carolina Ferreirinha Mota Pereira dos Santos casa-se com Nuno Barroso dos Reis, poderia se tornar a Maria Carolina Ferreirinha Mota Pereira dos Santos Barroso dos Reis após o casamento.
Já no Brasil, consolidou-se a tradição francesa de estrutura do nome como nome, sobrenome materno + sobrenome paterno (se quiser outros aspectos relacionados a nomes, sobrenomes e apelidos, clique aqui).
De acordo com a lei portuguesa não é obrigatória a adoção do sobrenome do marido pela esposa e, de fato, muitas mulheres têm optado por não mais o fazê-lo, Outras podem até assumir o nome do marido, mas não o usam.
No Brasil, a esposa devia assumir pelo casamento o sobrenome do marido. Esta obrigatoriadade foi discutida e, com um parágrafo adicional, ficou decidido que a adoção do sobrenome era facultativa e esta regra vigorou até recentemente. O Código Civil de 2002, no entanto, trouxe uma nova alternativa para os noivos, quando dispôs que qualquer dos nubentes, querendo, poderá acrescer ao seu o sobrenome do outro.
E é justamente este fenômeno que está sendo observado pelos cartórios no país. No ano passado 25% dos homens acrescentaram aos seus os sobrenomes de suas esposas. Outras ideias também foram adotadas: os casais trocaram de nomes – o marido passa a usar o sobrenome da esposa e a esposa o do marido.
Como são os sobrenomes da sua árvore genealógica? Seguem a tradição mais antiga ou os novos direitos adquiridos com o novo Código Civil? Adoraremos saber mais sobre você e sua família nos comentários abaixo.
Tiago
10 de outubro de 2013
Bom dia,
Os mais antigos, a mulher deixava seus sobrenomes e assumia só os do marido (inteiro ou parte). Da década de 60 para frente, as mulheres adicionavam o sobrenome paterno do marido e ainda continua assim. Vamos aguardar os próximo casamentos, para ver se alguma coisa vai alterar.