Os tesouros debaixo do assoalho

Os tesouros debaixo do assoalho

Li este texto no mural de um grande amigo e não poderia deixar de compartilhá-lo aqui no nosso blog.

Imagem: Fábio Biff http://bit.ly/1amW3tI

Imagem: Fábio Biff http://bit.ly/1amW3tI

“Deixem-me contar-lhes uma parábola.

Vocês conhecem aquelas casas de madeira, de tábuas largas, com fendas e gretas pelas quais costumam cair, debaixo do assoalho, um espelhinho, um pente, uma moeda, um botão, uma miçanga, mil coisas assim, que ficam lá embaixo, na escuridão?

Os meninos antigos gostavam de deitar-se no chão e ficar olhando pelas gretas o velho porão escuro. Quando um raio de sol penetrava lá embaixo, brilhavam coisas esquecidas e perdidas, pequenas ninharias que se acumulam, anos a fio.

Mas se um dia caísse uma joia, então dava-se a descida ao mundo maravilhoso do “debaixo do assoalho”.

Os meninos entravam e era uma festa para os olhos e para o coração: centenas de coisinhas perdidas e reencontradas:
– Aquela bolinha de vidro de cor.
– Aquele alfinete dourado.
– Oh! Aquela pedrinha que brilha!

Eram mil surpresas escondidas, acumuladas, perdidas anos a fio e que a casualidade de uma joia caída fizera redescobrir.

Pois bem, amigos,  a vida de família é como o fundo do assoalho, com mil pequenas alegrias e carinhos, com mil momentos de ternura, que vão caindo pelas gretas do tempo e do dia e vão se esquecendo no fundo da vida. A gente costuma perder esta beleza toda pelo cansaço, pelo hábito, onde as pequenas atenções – o dizer bom dia, boa noite – onde o carinho pelos pais, pelos irmãos, pelos filhos, tornam-se miçangas caídas nas gretas da vida…

Mas um dia como esse pode ser uma ocasião de choque, de lembranças mais vivas do que foram as coisas.

Talvez seja o dia de tirar as tábuas do assoalho, do redescobrir com alegria as pequenas coisas indispensáveis para o tempo de amor, da vida em família…”

Que tal tirar as tábuas do assoalho das suas lembranças familiares e anotar os pequenos tesouros que habitam a sua memória?

Comentários

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  • JoséDumont de Souza

    10 de setembro de 2013

    Karen,fiz a arvore da familia Dumont, foi fácil, pois foram só 2 irmãos que vieram da França. Torcer para vc conseguir
    Adorei o seu comentário, vc me fez voltar a 70 anos atras, fui
    criado em uma casa de assoalho, me parece que estou vendo e
    passando por tudo isso,me lembro de entrar debaixo do assoalho
    procurando algo caído, algumas vezes ia procurar alguns tostões
    para comprar,algumas balinhas.Foi muito bom mesmo. Abs

  • Nadja

    12 de setembro de 2013

    Adorei a história me fez lembrar da casa de minha vó e de como realmente ficava procurando as coisas no assoalho =)

    Gostaria de solicitar que MyHeritage desenvolvesse aplicativos também para windons phone. Amo meu telefono e é por onde me conecto com minha família seria maravilhoso ter o aplicativo nele!!!

    Obrigada!

    • Karen

      13 de setembro de 2013

      Oi Nadja, obrigada pela sugestão. Por enquanto realmente só oferecemos o nosso aplicativo para usuários do Android e iPhone, mas esperamos poder oferecer esta opção futuramente.