Quem não se comunica…

Quem não se comunica…

Li um material de autor desconhecido na internet sobre a variação de nossa amada língua portuguesa que nos mostra muito bem como é uma língua dinâmica, viva e que vai durar muito.

Vou postar algumas das curiosidades, que o autor colocou sobre o que deveria ser e o que é falado em nossa língua em alguns ditados populares, mais adiante.

Mas, voltando a nossa língua, e pouca gente sabe disto é que, nossa língua já foi a língua dos menestréis durante a Idade Média. Era usada pelos cantores nos castelos e praças medievais pois tem uma sonoridade diferenciada de outras línguas. Nós cantamos e não falamos, por isso a necessidade de tantos acentos de entonação.

Por ser cantada, encaixa-se tão bem a peças musicais e faz sucesso pelo mundo todo. Do Fado Português ao Samba ou Bossa Nova, a nossa língua expressa o sentimento mesmo que você não veja o interlocutor.

A globalização esta “matando” diversas línguas e mais de 800 delas já deixaram de existir nos últimos 200 anos.

Mas a língua portuguesa ainda esta em plena juventude. A cada dia, novos fonemas estão sendo criados e incorporados ao nosso dia a dia.

Sei que você tanto pode estar no Brasil ou em Portugal, ou  em qualquer outro país, no norte ou no sul, e em cada lugar de nossos países, nos rincões e nas cidades,  uma mesma coisa pode ser dita de diversas maneiras. Vamos aos exemplos:

(Leia nota de revisão)

Domingo pé de cachimbo : Esta frase era dita como uma expressão de alegria pela chegada do descanso semana, mas o correto é Domingo pede cachimbo, uma referência ao dia diferenciado da semana, o termo é claro, serve apenas para os fumantes que fumavam cigarros até sábado e cachimbo no domingo.

Esse menino não para quieto, parece que tem bicho carpinteiro : Existe algum bicho carpinteiro? O correto é “Esse menino não para quieto, parece que tem bicho no corpo inteiro”.

Batatinha quando nasce, esparrama pelo chão… : Batata é uma raiz e não pode se espalhar pelo chão, pois esta abaixo dele. Batatinha quando nasce espalha a rama pelo chão…

Cor de burro quando foge, o correto é Corro de burro quando foge, ou o burro muda de cor quando foge?

Quem tem boca vai a Roma, e se você pensou que esta é uma “máxima” da comunicação, se enganou, o correto é Quem tem boca vaia Roma do verbo vaiar.

E por último, Quem não tem cão, caça com gato. errado pois o correto é Quem não tem cão, caça como o gato. Ou seja, caça sozinho.

Estas expressões fizeram parte de muitas infâncias, de muitas brincadeiras e dos muitos modos de se falar de nosso povo. Tenho certeza que você já ouviu alguma delas em algum momento de sua vida.

Vou pedir duas coisa, a primeira é : Se você sabe o autor, me ajude a identificar, (leia nota de revisão), e segundo, nós gostaríamos de conhecer outras variações de nossa língua que você talvez conheça, como por exemplo “jerimum x abobora”, ou “pipa x papagaio” e tantos outros que podemos descobrir aqui e encurtar ainda mais a nossa relação Brasil e Portugal, Norte e Sul, capital e interior e que fazem uma grande diferença quando queremos nos comunicar com nossos parentes.

Você acha que isso é bobagem? Veja em sua árvore genealógica quantas pessoas irão falar diferente umas das outras, sem contar é claro, os países diferentes. veja quem nasceu em Poá(*)  e quem é soteropolitano(**).

Quer testar? Pegue o telefone e converse com um de seus parentes mais distantes.

(*) Porto Alegre – Rio Grande do Sul – Brasil

(**) Pessoas nascidas em Salvador – Bahia – Brasil

REVISADO EM 10/05/2012 – Nota de revisão: Leia nos nossos comentários a pesquisa de nossa amiga Maria Lúcia Bernardini, sobre a origem dos termos citados nesta postagem.

Comentários

O endereço de e-mail é mantido privado e não será mostrado

  • Maria Lúcia Bernardini

    10 de maio de 2012

    Walter: não sei quem é o autor do texto que mencionou na postagem e que recebeu sem os créditos, mas, após buscar, na Internet, a respeito dessas expressões, encontrei, como sempre, postagens em blogs que não citam a fonte ou apenas comentam que foi enviado por “tal” pessoa. No entanto, consegui localizar o que eu queria lhe repassar:
    O GUIA DOS CURIOSOS – páginas 1 a 6:

    Excelente! A fonte, certamente, é a que se encontra na aba “OS LIVROS”: o Guia dos Curiosos – Língua Portuguesa, de 2003.
    Ler a aba “O AUTOR” (Marcelo Duarte) e atentar para o fato de que todo o conteúdo do blog tem este aviso: “2005-2009 © Guia dos Curiosos Comunicações – Todos os direitos reservados. Nenhum texto pode ser reproduzido sem prévia autorização”.
    Marcelo Duarte, o autor desse “site”, cita, também, “De onde vêm as palavras”, de Deonísio da Silva, originalmente, editado em 1997 e encontrei informação de que está na 16.ª edição, revisada e ampliada. Se não estou enganada, a Editora é A Girafa. Em sites de vendas de livros: encontra-se esgotado. Todavia, é possível adquiri-lo como usado, ou seja, de segunda mão. Está aí uma bela expressão: “de segunda mão”. O primeiro citado pode ser acessado pela Internet. O segundo, é colaborador de uma revista da Editora Abril. Há outros livros e me lembro de um de título “Não erre mais”, que eu usei, muito, em sala de aula. Deve estar atualizado desde que o comprei, nos anos da década de 1990. Abraços.

  • Maria Lúcia Bernardini

    10 de maio de 2012

    Sobre “Não erre mais”. É de Luiz antonio Sacconi, a editora é Nova Geração, estão na 31.ª edição, 2011. Não trata das expressões abordadas na postagem, mas traz algumas expressões e como seria a forma correta se o português coloquial não as tivesse transformado. Na verdade, o Professor Sacconi comenta nossos equívocos mais comuns e explica a forma correta. Por exemplo: “Faz muitos anos que comprei a primeira edição desse livro” e nunca devo falar ou escrever “Fazem muitos anos…”.

  • Ivan de Santana

    12 de maio de 2012

    Oi pessoal. Não tenho muito conhecimento, mas lembro – me de meu pai dizendo que não era certo dizer: ” bater continencia”, e sim ” prestar continencia”, quando por exemplo o soldado cumprimentava um oficial de carreira. Assim como dizer meio dia e meio, e sim meio dia e meia ( referindo – se a 1/2 hora ). Engraçado e’ que ninguem diz meia noite e meio.