Uma voz de Portugal

Uma voz de Portugal

Começou assim: Podem em ajudar?…

Este foi o primeiro contato nosso com Maria Magdalena Couceiro, portuguesa com certeza, moradora de Santa Maria da Feira, uma charmosa e medieval cidade em  Aveiros, Portugal. Usuária de MyHeritage, preocupada com a qualidade de sua árvore, sempre nos encaminhou seus emails carregados de emoção e de muita história sobre sua família.

Desde o primeiro contato, um laço a ligou a nossa equipe, este laço eu posso dizer que foi a amizade. Esta amizade se estendeu ao blog, as Redes Sociais e a constante troca de emails.

Quem é Maria Magdalena? Um genealogista em Portugal. Um contato e uma voz de muitos outros genealogistas em busca de informações e documentos sobre seus antepassados que só uma experiente pessoa como ela poderia fornecer.

Em nossos contatos, sempre comentamos os laços brasileiros que foram deixados pelo seu pai no Brasil e agora seus novos laços de amizade formados pelos amigos e pelos seus clientes.

Isso mesmo, clientes, pois Maria Magdalena é especializada em documentar árvores de descendentes de portugueses que moram em diversas partes do mundo, inclusive no Brasil. Sua pesquisa permite aos genealogistas terem um pé lá e outro cá em se tratando de encontrar documentos em Portugal. Este é o trabalho dela, além é claro da montagem de sua árvore em MyHeritage.com. Fizemos uma entrevista com ela e gostaríamos que você a  conhecesse melhor, sabe porque? Você pode algum dia, precisar dizer: Pode me ajudar?… Maria Madalena é profissional nesta área e seus serviços podem ser adquiridos por preços bem razoáveis para os brasileiros e outros pesquisadores se considerar dias de pesquisa e viajem Além Mar.

A ENTREVISTA

Maria Magdalena Couceiro

Maria Magdalena Couceiro

MH: Quando você começou a fazer genealogia da sua Família?

Maria Magdalena: Comecei a Genealogia da minha Família em 2007.

MH: Qual o motivo que levou você a iniciar a sua genealogia?

Maria Magdalena: Algo na vida me faltava, parece que não me conhecia e tentei na descoberta do meu passado, encontrar-me. Posso dizer hoje que ajudou imenso e além de me ter ajudado a mim mesma, foi fascinante todo o processo de descoberta das minhas origens, dos meus antepassados.

Muitas histórias que circulavam na minha família e que pareciam não ter muito sentido, acabaram por serem descobertas quando encontrei a raiz delas. Por vezes, diante daqueles Livros Paroquiais com centenas de anos  e muito pó, eu parecia que voava numa maquina do tempo e estava lá olhando o acto daquele momento. Cheguei a chorar quando encontrei alguns antepassados.

MH: A começar pela sua casa, a história sempre esteve presente em sua vida?

Maria Magdalena: Sim a História esteve sempre presente na minha vida, eu tinha 10 anos e era a melhor em História da minha escola. Fui sempre muito apaixonada pelo passado, pelos feitos de todas as pessoas que contribuíram para eu viver hoje no mundo em que vivo.

Cresci numa casa secular e ouvindo muitas histórias do passado. Foi aliás um documento, escrito em papel bem antigo, que encontrei nesta casa que me deu o grande impulso para ir procurar o passado.

Um antepassado escreveu em 1800 toda a história da casa desde 1550 até essa data e eu fiquei fascinada com o que ela contava. Quis ter a certeza que tudo era verdadeiro e foi na Genealogia, na pesquisa de Arquivos, Bibliotecas, Torre do Tombo, que eu descobri que a senhora que escreveu o documento foi uma grande genealogista. Consegui chegar ainda mais ao passado e construir a história até mim.

MH: Falemos de sua casa, ela em si tem tanta história quanto o Brasil?

Maria Magdalena: A minha casa foi construída em 1550 por uma Família Nobre e na época  tinha á sua volta terrenos que se perdiam de vista. Aqui nasceram muitas pessoas importantes da história desta região e estas paredes e tectos que olho hoje, devem ter visto muita alegria e tristeza, feitos e bravura.  Aqui ouviram  que grandes marinheiros descobriram terras em outros mundos, terras de Vera Cruz, a descoberta do Brasil.

Interior da casa de Maria Magdalena em Aveiros Portugal

Interior da casa de Maria Magdalena em Aveiros Portugal

Muitas das paredes são originais, mas muitas coisas foram alteradas ao longo dos tempos. Hoje tem ainda o padrão do inicio de 1800, com tectos trabalhados, pinturas de paredes e portas. É uma casa linda, mas não é um palacete, pois esta casa deve ter servido uma grande fazenda, uma casa rural.

Até hoje, além das paredes chegaram muitas histórias que fazem com que as pessoas digam que se trata de uma casa assombrada, mas eu que vivo nela, afirmo que se vivem cá fantasmas, então eles são meus amigos e da minha família, pois nunca me chatearam. Tenho muito Amor á minha casa pelo passado dela. É algo pelo que luto pois não queria que os anos delas a deixassem cair em ruína. Vale a pena preservar as casas que tem passado, pois são a realidade da história.

MH: Fale-nos sobre os arquivos distritais de Aveiros?

Maria Magdalena: O Amor e respeito pela História, o querer conhecer o passado fez-me descobrir os meios que hoje existem para os conhecer. Descobri os Arquivos Distritais e a Torre do Tombo, as bibliotecas das Câmaras Municipais, os arquivos das Juntas de Freguesia, os Arquivos Paroquiais de cada Freguesia, livros e outra grande e importante fonte de ajuda na pesquisa que é hoje a Internet e os sites dedicados á Genealogia que realço o MyHeritage como o meu eleito.

A Senhora Nobre que escreveu o documento da história da minha casa em 1800, pouco ou nada tinha para fazer a sua genealogia, mas hoje pelos meios que temos, devemos mesmo aproveitar e construir as nossas arvores genealógicas. E nelas devemos escrever tudo o que encontramos pois no futuro elas vão ajudar imenso os nossos descendentes, tanto em saber quem foram os seus antepassados, o que eram o que faziam, de onde vieram, como até doenças que eles tiveram, o tipo de sangue deles e o que fizeram para conseguir vencer as suas doenças.

Mas este mundo de Arquivos, levou-me a outros temas que não o de apenas a minha arvore genealógica. A pesquisa e descoberta de outras situações, levou-me á escrita e a reunião de centenas e centenas de documentos. São fotocópias que enchem hoje os meus arquivos pessoais e que me vão ajudando a construir algo que quero deixar para o futuro. Havia por exemplo uma região que os seus livros  Paroquias ,se perderem e eu tenho conseguido descobrir e unir uma parte desse passado.

MH: Você atende genealogistas de outras nacionalidades em busca de documentos?

Maria Magdalena: Não posso dizer quantas horas ou dias já fiz de pesquisa, mas enquanto fazia as minhas pesquisas comecei a ter pessoas que me pediam ajuda para ler documentos antigos, para descobrir os seus antepassados, para descobrir certidões de nascimento ou casamento, para procurar um testamento, uma Partilha de bens… Pessoas que se dirigiam a mim pessoalmente e pessoas que me encontravam em sites de genealogia. Recebi pedidos de muitos portugueses ou descendentes de portugueses em varias partes do mundo: Canadá, Argentina, Suíça, França, Egipto..mas a grande parte de pessoas que tenho ajudado são do Brasil. Foi assim que comecei uma actividade de apoio a emigrantes portugueses e tenho ajudado todas as pessoas que me procuram.

MH: Para brasileiros poderem entrar em contacto o que devem fazer?

Maria Magdalena: Qualquer Brasileiro que queira a minha ajuda para tratar de documentos seja para para um pedido de nacionalidade seja para a pesquisa dos seus antepassados, podem se dirigir a mim, através do meu email magdalenaF@sapo.pt dizendo o que pretendem, e eu responderei de imediato.

MH: Que conselho você daria aos brasileiros e outros portugueses que estão em busca de documentos em Portugal?

Maria Magdalena: O trabalho de pesquisa é um trabalho muito demorado por ser muito minucioso. Tenho encontrado brasileiros que por precisarem com urgência de documentos, vem de propósito a Portugal e a maior parte deles vem gastar mais do que pensavam pois acabam por ficar mais tempo na descoberta dos documentos e até dos locais onde estão. Muitos partem sem nada pois nem sabem mais onde procurar.

Outros entram em contacto com pessoas em Portugal que lhes levam muito dinheiro pelo trabalho de pesquisa e argumentam tudo para levar muito dinheiro. Por isso vejam sempre antes se vos cobram em exagero.

O conselho que dou é que quando precisarem de uma pesquisa e queiram vir a Portugal, tenham já certezas do que vão encontrar nos locais certos. Reúnam todos os dados que tem, façam uma boa pesquisa de certidões de nascimento, casamento ou óbito de portugueses para ter datas, locais e nomes. Tudo é importante para uma pesquisa. Peçam ajuda aos Vossos Familiares nas suas lembranças pois por vezes eles sabem mais do que os papéis dos podem dizer.

Se encontrarem quem pesquise por vocês, tenham na mesma todos os dados pois uma pesquisa mais simples será muito mais econômica.

Agradecemos imensamente a nossa querida amiga Maria Magdalena pela sua disposição em  compartilhar com nossos leitores esta sua experiencia única  da pesquisa de campo em Portugal e aos nossos leitores queremos já anunciar que Maria Magdalena esta preparando outros trabalhos referentes a pesquisa em Portugal e que irá contribuir em muito com a pesquisa de descendentes de portugueses .

Comentem e não se esqueçam de solicitarem a ajuda pelo email já indicado no corpo da entrevista.

Comentários

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  • Adhemar R. de Oliveira

    5 de novembro de 2011

    É maravilhoso, coisa de Deus, existirem pessoas como D. Maria Magdalena Couceiro. Pois, gente como eu, que são apaixonados pela genealogia e a História de seus antepassados merecem o maior respeito.

  • Rosa Amaral

    5 de novembro de 2011

    Magdalena, que feliz surpresa encontrar essa materia feita com sua pessoa. Realmente seu trabalho é magnifico e gratificante. Manter viva as raizes, e não deixa-las morrer. Um grande abraço, Rosa Amaral

  • Vera Videira

    6 de novembro de 2011

    Parabéns, prima Magdalena, que conheci nestas andanças da busca de antepassados.

  • Marco Zerati

    7 de novembro de 2011

    Dona Maria Magdalena.

    Me surpreendeu muito o seu relato no blog do My Heritage.

    O que Sra. descreve nas pesquisas genealógicas, o entusiasmo e a emoção me comoveu porque também passei por isso.

    Alguns anos tenho pesquisado sobre meus antepassados portugueses. Descobri que sou 9º descendente de Manuel Machado Teixeira de Miranda logo pai de Joaquim Machado de Castro – Escultor régio da Estátua Equestre de D. José I que fica no Terreiro do Paço.

    A minha maior dúvida é como me certificar que isso é verdade de fato. Como conseguir documentos que comprova tal fato. Por onde começar ?

    Com toda sua experiência, gostaria muito da sua ajuda.

    Atenciosamente,

    Marco Antonio Zerati Teixeira
    Taubaté – São Paulo, Brasil

  • Maria Santos

    7 de novembro de 2011

    Obrigado a todos pelas lindas palavras que aqui me deixam, a Genealogia agradece pois ainda fico mais motivada com o Vosso carinho.
    Estou aqui pronta para ajudar e trabalhar, para que as Vossas duvidas sejam esclarecidas e as Vossas pesquisas possam ser feitas.
    Ao Marco, agradeço o seu email e penso que já lhe forneci pistas do que pretende, no seu email.
    A Rosa e a Vera, são duas Primas, lindas, que encheram o meu Coração com a sua Amizade e que graças á Genealogia as encontrei.

  • António Soares de Albergaria

    13 de novembro de 2011

    As palavras de elogio serão poucas para classificar esta senhora, a D. Magdalena. Não obstante, quero, posso e devo aqui testemunhar que o seu espírito de colaboração, simpatia, amabilidade, empenho, perseverança e conhecimento desta causa que é a genealogia são imensos, enormes e desinteressados. Graças a estas e muitas outras qualidades desta Senhora, a minha árvore genealógica vai para lá da fundação desta nação que é Portugal. A Srª D. Magdalena bem merece esta entrevista e divulgação que só por um feliz acaso tive, em boa hora, conhecimento – nunca é tarde, pois «mais vale tarde do que nunca». Assim e uma vez mais – nunca será demais – o meu MUITO OBRIGADO e BEM HAJA!!!

    António Soares de Albergaria
    Vila Nova de Gaia, Portugal

  • Dino Roberto Soares De Lorenzi

    13 de novembro de 2011

    O profissionalismo e a qualidade do trabalho da querida Magdalena são impressionantes. A conheci na busca dos meus antepassados e graças a sua gentileza e empenho descobri muito sobre a minha família. Mais do que tudo descobrimos que temos relações de parentesco o que foi uma grata surpresa, pois ganhei um prima maravilhosa.
    Magdalena, o meu sincero obrigado e votos de sucesso

    Dino Roberto Soares De Lorenzi
    Caxias do Sul – Brasil

  • roberto sandoval

    15 de dezembro de 2012

    Muito bem ! parabéns !

    roberto sandoval
    são paulo – brasil

  • Abilon Naves

    19 de dezembro de 2012

    Parabéns à Maria Magdalena Couceiro e ao MyHeritage Blog, através de Walter Olivas, que possibilita demandar esse recém localizado farol.

    Já registramos o email, obrigado.

    A propósito, reiteramos nossas pesquisas sobre a ancestralidade do casal Balthazar de Almeida Naves e Maria Sebastiana Naves, nascidos por volta de 1610 em Algodres da Serra da Estrela- Atual Distrito da Guarda – Bispado de Viseu – Portugal, cujo filho colonizador João de Almeida Naves – ou João Almeida Naves casou com a brasileira Maria da Silva Leite(f. 1715, em Santana de Parnaíba, São Paulo, Brasil), filha de João Nunes da Silva (n.1589-f.1639) Cc. Ursula Pedroso; neta de Paschoal Gonçalo Leite Furtado (n.1576, na Ilha de Santa Maria – Açores – Portugal – f.1614, em São Paulo, SP, Brasil) Cc. Izabel Domingues do Prado (n, em São Vicente, SP, Br – f. cerca de 1668, em São Paulo, SP, Br.)

    Grande e fraterno abraço.
    Abilon Naves
    Blog Família Naves

  • Ana patrocino

    30 de agosto de 2014

    boa tarde eu gostava de saber mais da minha avo paterna que e do riu de Janeiro mas só sei o nome dos pais dela e que e do riu.tenho muita pena de não saber mais ela morreu a 40 anos eu tenho 47 e ainda a amo como quando erra criança.