CAZUZA

CAZUZA

20 anos sem Cazuza.

Neste último dia 07 de julho os herdeiros da rebeldia, da alegria e da vida em poesias se lembraram de um grande ídolo da música brasileira. Cazuza.

O tempo não para, já se vão 20 anos. Eu curti, minha filha curte.

Sua poesia revelava um estado de espírito do brasileiro, do jovem Brasil que despontava.

Quem aqui, não ouviu as estrofes de Burguesia? Grito rebelde no meio da mudança política e social do Brasil?

Você se lembra? Não?

…..

Pobre de mim que vim do seio da burguesia
Sou rico mas não sou mesquinho
Eu também cheiro mal
Eu também cheiro mal

A burguesia tá acabando com a Barra
Afunda barcos cheios de crianças
E dormem tranqüilos
E dormem tranqüilos

Os guardanapos estão sempre limpos
As empregadas, uniformizadas
São caboclos querendo ser ingleses
São caboclos querendo ser ingleses

A burguesia fede
A burguesia quer ficar rica
Enquanto houver burguesia
Não vai haver poesia

A burguesia não repara na dor
Da vendedora de chicletes
A burguesia só olha pra si
A burguesia só olha pra si
A burguesia é a direita, é a guerra

Este é Cazuza, amado, odiado, mas um dos poucos que assumiu sua doença, mostrou sua coragem quando todos escondiam as verdades. Morreu, não foi exemplo, porque depois dele, vários outros também morreram da mesma AIDS (SIDA) que mata sem piedade.

O tempo não para. O que para é a lembrança.