Árvores interrompidas

Árvores interrompidas

Falar de alguma árvore genealógica, é bastante prazeroso, nos emociona,  nos deixa como crianças quando encontramos um elo perdido, um perfil que desvenda a história e esclarece os fatos. É como se derrepente, abríssemos uma porta fechada por sete chaves, ou entrar em um caixa cheia de preciosidades. A emoção faz com que mesmo que estejamos sós, nossa reação explode de contentamento.

Genealogistas são investigadores, são detetives da verdade e quando descobrem pistas tornam estas pistas em quase obsessão.

Imagine um perfil vazio em sua árvore, alguém que você não conhece nem o nome, não sabe onde esta, mas sabe que esta pessoa existe e que a sua falta esta interrompendo a história de sua família. Alguém sumiu, quem é? Onde mora? O que esta fazendo agora?

O mundo esta cheio destas histórias, cheio de árvores interrompidas, cheio de encontros e desencontros. Quero começar contando a verdadeira história de um destes encontros que somente a sorte pode explicar.

Uma adolescente de 17 anos sabia que tinha um irmão, nunca o tinha visto, já tinha procurado por ele na internet, rezado muito para que um dia pudesse encontrá-lo. Suas vidas foram separadas ainda quando os dois eram bebes, e nenhum deles foi criado pela mãe biológica. A tia criou o garoto, Jecivam de Matos Carvalho, hoje com 18 anos, e mais conhecido como Jeeh, e sua irmã, logo após o nascimento foi “dada” a uma família que a criou sem nunca esconder a verdade da adoção. O tempo fez com que seus destinos se desencontrassem, ela mora em Andradina, uma cidade do interior de São Paulo no Brasil, e ele, teve vários locais de moradia.

Como é do conhecimento de todos, a evasão escolar é bem grande no Brasil, então, um professor de Ciências, decidido a atualizar a sua lista de presença dos alunos, passou a chamá-los pelo nome completo. A adolescente ficou impressionada quando o professor disse o nome de seu irmão, um garoto que já havia desistido dos estudos.

Por três meses os dois estiveram na mesma sala, na mesma escola e sem terem a noção de que eram irmãos. Assustada, procurou a direção da escola e confirmou a sua suspeita, era seu irmão desaparecido e adotado ainda bebe, os registros da escola tinham os mesmos pais. O choro, a expectativa, a descoberta, quase que milagrosa, virou notícia na escola, os professores  se emocionaram e entraram em contato com Jecivam que já havia se mudado da cidade.

Após uma semana, os dois, depois de 17 anos de separação, puderam se encontrar, agora não mais como colegas de sala, mas como irmãos de sangue.

Esta história foi reportada pelo jornalista Jean Oliveira, nesta terça feira passada,  (27/04), no Jornal “Folha da Região” de Araçatuba.

Fantástico e emocionante.

Parece até novela, filme de Hollywood ou imaginação de algum autor bem imaginativo, mas é o que a vida  nos reserva, derrepente, o encontro com o passado, muitas vezes na forma de “sorte”, outras vezes na forma de pesquisa. Esta nossa paixão, torna nossa vida, uma emocionante busca desta sensação de vitória que sem dúvida estes adolescentes sentiram.

Nosso blog de hoje é deixar você genealogista com um exemplo de como é bom procurar a história de sua família, como é bom descobrir novos fatos, datas e documentos, desvendar segredos, descobrir parentes.

Em sua árvore, existem muitas histórias, algumas incompletas, que também vão emocionar você. Não é só colocar nos perfis o nome das pessoas, mas, é descobrir tudo sobre aquela pessoa, mesmo que sejam necessários 17 anos,  e mesmo que todos os apelos, todas as orações pareçam sem respostas, um dia, alguém irá trazer até você uma notícia, e você vai completar a história de sua família. Não é emocionante isto?

Árvore genealógica é uma procura incansável, e você precisa estar sempre atento aos pequenos detalhes.

Imagine se esta adolescente, a exemplo e tantas outras, no momento da atualização da chamada pelo professor estivesse desatenta?

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Fonte: Folha da Região – Araçatuba

Comentários

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  • welfare joele pinto

    29 de abril de 2010

    sou WELFARE JOELE PINTO, fiquei muito triste com a saida de meus parentes. Hoje ja me adaptei ao myheritage.
    O nosso blog antigo era muito bom e participativo e precisamos que o novo tambem o seja. Pelo que vi e comecando, esta bom
    abracos a todos

  • Marli Borges

    1 de maio de 2010

    Também como o Welfare Joele fiquei triste,mas logo me adaptei ao myheritage e gosto muito.Tomara que o novo Blog seja tão bom quanto ao de meus parentes.Grande abraço
    marli